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«Condenados» à periferia com cidades desertas

Helena Roseta preocupada com os jovens e o declínio dos centros urbanos

Os jovens contactados pelo PortugalDiário sobre o incentivo ao arrendamento Porta 65 não hesitam em afirmar que o Estado está a «condená-los» e a palavra passa de boca em boca.

É o caso de Renato, Marco e João. E encontra eco nas preocupações de Helena Roseta. A vereadora está preocupada com a situação dos jovens, que ficam «condenados a morar cada vez mais longe», e o declínio demográfico dos centros das cidades.

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Por isso, explicou ao PortugalDiário que, na Comissão parlamentar de Poder Local, pediu aos deputados que solicitassem ao IHRU informação sobre o número de candidaturas aceites. O PortugalDiário tentou o mesmo, mas sem resposta até ao momento.

Valores «desfasados da realidade»

Segundo Roseta, os processos aceites são poucos e o problema está na forma como «o incentivo foi desenhado»: os limites «estão desfasados da realidade e a taxa de esforço não tem em conta que os jovens ganham hoje em dia».

Para se chegar aos valores de arrendamento fixados pela Porta 65, as contas foram feitas com base no Instituto Nacional de Estatística. Isso mesmo garantiu o secretário de Estado do Ordenamento do Território. Mas os dados constantes no INE contabilizam casas arrendadas por irrisórios 10 euros, que a nova lei do arrendamento irá resolver mas que, na prática, ainda não conseguiu. Ora, para a vereadora lisboeta, «esta contabilidade teria de separar as rendas antigas das rendas novas».

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Cidadania em acção

Mais perto, ressalva contudo, estão os movimentos de cidadãos que se organizam «fortemente em prol de uma causa social». Nas últimas eleições presidenciais, autárquicas e no referendo, «esse movimento de cidadania foi visível».

Agora, «os jovens mostram que estão dispostos a abraçar causas e a defendê-las, enquanto as juventudes partidárias parecem adormecidas perante esta questão que preocupa tanto a geração mais nova».

Como cidadã, Roseta está presente esta quinta-feira na manifestação frente ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana. «É preciso que sejam os movimentos de cidadãos a picar as organizações partidárias?», questiona a vereadora eleita pelo Movimento Cidadãos por Lisboa que saiu do Partido Socialista, nas últimas eleições autárquicas para se candidatar à câmara de Lisboa.

Eles dizem que bateram com o nariz na Porta e fazem manifestação de protesto.

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