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SCUT: buzinão e ameaça de marcha lenta

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Protesto nas principais entradas do Porto

A luta contra a introdução de portagens em três SCUT do Norte poderá passar, em breve, por uma marcha lenta a convergir para o Porto, anunciou esta sexta-feira o porta-voz de um dos movimentos de contestação.

Segundo Jorge Passos, do movimento «Naturalmente, não às portagens na A28», essa marcha lenta acontecerá «inevitavelmente» se o ministro das Obras Públicas «continuar surdo e mudo» face às reivindicações e aos argumentos dos utentes.

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«Estamos há mais de três meses à espera de uma reunião com o ministro, para lhe expormos os argumentos que julgamos serem mais do que suficientes para o dissuadir da ideia de introduzir portagens na A28. O ministro tem estado surdo e mudo, mas nós vamos fazer tudo para que perca a surdez e para que abandone o silêncio», disse à Lusa.

O responsável falava esta sexta-feira de manhã, durante um buzinão de protesto contra as portagens na A28, que decorreu nas três principais entradas da cidade do Porto.

«Esta foi a primeira acção no terreno para acordar o Governo para a grande injustiça que seria taxar a A28, uma via que nem sequer tem perfil de auto-estrada», acrescentou.

Os automobilistas participaram de uma forma mais ou menos tímida no buzinão, sendo muitos os que passavam pelos locais do protesto completamente indiferentes, enquanto outros só reagiam «em resposta» às buzinas dos membros do movimento.

Mesmo assim, os organizadores mostravam-se satisfeitos, tendo Jorge Passos considerado «muito boa» a adesão.

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Para os contestatários, a eventual introdução de portagens na A28 «contraria» os critérios que o Governo estabeleceu como necessários para taxar a circulação nas SCUT (auto-estradas sem custos para o utilizador).

Em causa estão, segundo o movimento, a inexistência de uma estrada alternativa «minimamente aceitável» para a ligação entre Viana do Castelo e o Porto, bem como os índices de desenvolvimento da região, que são «demasiado baixos» para a população e as empresas locais «suportarem mais esse imposto».

De acordo com as contas do movimento, a eventual introdução de portagens na A28 poderia custar «mais do que 150 euros» por mês aos utilizadores habituais.

«Tudo isto significa que, pura e simplesmente, não há condições para introduzir portagens na A28», disse ainda Jorge Passos.

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