Notícia actualizada dia 26 de Dezembro às 10horas
Manuel Valente, da Federação de Associações de Pais do Porto, afirmou esta quinta-feira à Lusa que a DREN é a principal culpada por casos como o de alunos que apontaram uma arma de plástico à professora na escola do Cerco do Porto.
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«Há culpados que têm que ser denunciados e o mais importante de todos é a administração escolar (Direcção Regional de Educação do Norte - DREN), que, sobretudo depois do caso da [Escola] Carolina Michaelis, devia ter imposto regras claras que impedissem a utilização de telemóveis durante as aulas e não o fez», disse aquele responsável.
Manuel Valente defendeu que os alunos deviam ser obrigados a depositar os telemóveis - que considera um claro factor de perturbação das aulas em todos os sentidos - no início de cada aula, recuperando-os depois, à saída para o intervalo.
«Os professores, que têm também a sua parte de culpa, deveriam dar o exemplo e fazer o mesmo, desligando os seus telemóveis, ou colocando-os em modo de silêncio e abstendo-se de os usar durante as aulas», acrescentou Manuel valente.
«Acho também muito estranho que a divulgação destes incidentes ocorra sempre no final de um período, já durante as férias, como aconteceu com o caso Carolina Michaelis, até parece que há alguém interessado em denegrir a escola pública», acrescentou Manuel Valente.
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Em declarações à «TSF», o responsável aprofundou a questão. «Este é um processo encomendado, não é por acaso que tudo aconteceu no dia 18 e só no Natal, um dia de festa, surge este problema para a comunicação social», disse.
Este responsável foi mais longe, adiantando que acredita que a divulgação nesta altura foi «encomendada por quem quer, neste momento, a política de terra queimada nas escolas, nomeadamente os próprios sindicatos, que lhes interessa um caso destes».
Reagindo a estas acusações, o líder da Fenprof, Mário Nogueira, não se estendeu nos comentários, limitando-se a dizer à TSF que se limitou a comentar a questão. «Se essse senhor tem outro tipo de fantasmas, acho que devia esconjurá-los».
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