Vários hotéis e alojamentos locais de Lisboa estão a enfrentar pragas de percevejos, numa escala sem precedentes em anos recentes. Há ainda prédios que nunca tiveram este tipo de problemas e que este ano estão infestados, com muitos condóminos a atribuir culpas aos alojamentos locais, que têm atraído turistas para prédios particulares. Se acha que os percevejos aparecem apenas em quartos de hotel e apartamentos com pouca higiene está enganado.
Estes insetos já foram vistos em comboios, aviões, cadeiras de cinema, escritórios, bibliotecas e até em restaurantes. Esta é a conclusão de um estudo de 2015, feito por 236 profissionais de controlo de pragas, da Associação Nacional de Gestão de Pragas dos Estados Unidos e da Universidade de Kentucky, de acordo com o The Washington Post.
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Podem aparecer praticamente em qualquer lugar imaginável”, disse o investigador de percevejos, Michael Potter, professor de entomologia da Universidade de Kentucky, citado pelo jornal norte-americano.
Os percevejos são transportados por nós, “agarrando-se” à nossa roupa ou às nossas bagagens, sem darmos conta.
Apesar de os especialistas dizerem que não nos devemos preocupar demasiado com este tipo de insetos, há locais onde é preciso ter especial atenção.
Lares de idososAs pragas de percevejos em lares de idosos aumentaram em 50% desde 2010. Os lares estão em primeiro lugar na lista de locais onde há, habitualmente, pragas de percevejos.
De acordo com o estudo citado pelo The Washington Post, 58% dos profissionais de controlo de pragas entrevistados disseram que já foram chamados para desinfestações de percevejos em lares de idosos.
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O ambiente dos lares torna mais fácil para os residentes e funcionários “transportar” percevejos. Além disso, os idosos são menos propensos a irritações na pele e comichão, depois das picadas, porque os seus sistemas imunitários já são menos reativos e, portanto, não detetam o problema.
Os idosos podem também ter dificuldade em ver e identificar os insetos, afirmou Dini Miller, professora de entomologia da Universidade de Virginia, segundo o The Washington Post.
Escolas, hospitais e escritóriosDe acordo com o estudo, os escritórios são o terceiro lugar mais propenso a pragas de percevejos, logo depois dos centros de apoio a sem-abrigo. Os dormitórios das faculdades surgem em quarto lugar e as escolas e os hospitais aparecem em sexto.
No entanto, verdadeiras infestações são raras. Podem ser mais prováveis em dormitórios, onde os alunos dormem e passam tempo nos quartos uns dos outros e nas áreas comuns. Contudo, “geralmente as universidades gastam todo o dinheiro que é necessário para tratar disso”, afirmou Michael Potter, citado pelo jornal norte-americano.
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Os avistamentos de percevejos (mas não necessariamente infestações) parecem estar a aumentar nas salas de espera e de emergências dos hospitais.
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