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Perigo de derrocada em duas praias algarvias

Autoridade marítima aconselha banhistas a evitar areais com faixas de risco

As autoridades marítimas aconselharam, nesta sexta-feira, os banhistas a não permanecerem nas praias do Carvalho e da Marinha, em Lagoa, cujos areais estão classificados como faixas de risco perigosas devido à possibilidade de queda de arribas.

As duas praias possuem cartazes a indicar as zonas com perigo de derrocada - assinaladas a vermelho -, que nestes casos se estendem a quase todo o areal, não existindo praticamente áreas consideradas seguras para os banhistas fora de água.

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Questionado pela Lusa, o ministério do Ambiente respondeu que as praias «podem ser utilizadas para banhos», porque «as áreas de banho estão quase integralmente fora das faixas de risco», mas a «utilização do areal deve ser feita de forma cautelar e fora das faixas de risco», ou seja, «a seco nos períodos de baixa-mar».

Em declarações à Lusa, o capitão do porto de Portimão e Lagos, Cruz Martins, esclareceu que, apesar de a Autoridade Marítima aconselhar a não permanência nessas zonas, não pode impedi-las de lá estar ou aplicar coimas, a não ser em casos de destruição da sinalética de perigo.

O responsável sublinhou que as coimas apenas estão legalmente previstas para quem se encontra em zonas classificadas como faixas de risco interditas, que disse serem inexistentes no Barlavento algarvio.

A classificação para a perigosidade das arribas foi definida pela primeira vez por um decreto-lei de 2010, que distinguiu faixas de risco perigosas e faixas de risco interditas, explicou Cruz Martins, esclarecendo que as praias em causa se inscrevem no primeiro caso, mas a da Marinha tem a particularidade de ter um apoio de praia e já ter tido uma zona concessionada.

Como estas, dezenas de outras praias no Barlavento algarvio têm faixas de risco de dimensão considerável, casos das praias de Albandeira e Caneiros, também em Lagoa, ou Coelha e Maria Luísa, em Albufeira, onde em 2009 morreram cinco pessoas.

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