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Soares: Eduardo Lourenço «prestigia os portugueses»

Chovem reacções à entrega do Prémio Pessoa ao ensaísta e filósofo

O ex-Presidente da República, e membro do júri do Prémio Pessoa, Mário Soares, disse esta sexta-feira que «neste momento é importante atribuir o prémio a Eduardo Lourenço que é um homem que gosta e prestigia os portugueses».

Eduardo Lourenço, o Prémio Pessoa 2011, é «um pensador, um filósofo, e um pensador que pensa realmente muito sobre política», acrescentou Mário Soares, que se referiu ao filósofo e ensaísta como uma «pessoa de bom senso», como noticia a agência Lusa.

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«Gosta dos portugueses, de Portugal e apesar de ter passado grande tempo em França, onde foi leitor, esteve sempre a olhar para Portugal, esteve sempre actual e dando os seus conselhos ao povo português», disse Mário Soares a propósito do autor de «Labirinto da saudade».

Mário Soares afirmou que é suspeito por falar de Eduardo Lourenço, pois são amigos desde a juventude, fizeram a mesma licenciatura, Histórico-Filosóficas. «Eduardo Lourenço em Coimbra, eu em Lisboa», disse.

Eduardo Lourenço, 88 anos, foi distinguido esta sexta-feira com o Prémio Pessoa, na 25.ª edição deste galardão atribuído pelo Jornal Expresso e pela Caixa Geral de Depósitos.

A coordenadora do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), Alexandra Isidro, disse que a atribuição do prémio a Eduardo Lourenço «é um orgulho».

«É um prémio muito merecido, pela carreira que o professor Eduardo Lourenço tem tido ao longo destes anos, por ser um dos pensadores mais lúcidos que Portugal tem, um dos pensadores que não estando radicado em Portugal há muitos anos, não deixa de estar sempre presente», disse Alexandra Isidro.

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A Câmara da Guarda «congratula-se» também com a atribuição do galardão ao filósofo e ensaísta português.

O vice-presidente da Câmara da Guarda, Virgílio Bento disse que «é um prémio que é inteiramente merecido», e que a sua atribuição «já tardava».

Também João Tiago Pedroso de Lima, investigador da Universidade de Évora, disse que o Prémio Pessoa 2011 atribuído a Eduardo Lourenço «peca por tardia», mas tem «significado muito especial» pelo «lugar destacadíssimo» de Fernando Pessoa na obra do ensaísta e filósofo.

«Parece-me só pecar por tardia (a distinção)», mas «penso que se reveste de um significado muito especial para o próprio Eduardo Lourenço», acrescentou.

A rematar, o investigador frisou ainda que «a melhor maneira de homenagear Eduardo Lourenço é lê-lo, estudá-lo, discuti-lo, contestá-lo, se for caso disso, e depois se verá se isso tem ou não influência na vida das pessoas», e garantiu que não se trata de «um pensador para consumo rápido ou imediato».

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