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Acidente de Angélico não tem efeito «duradouro»

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O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), José Manuel Trigoso, disse que acidentes como o que vitimou o cantor Angélico Vieira «não têm um efeito educativo duradouro» nos jovens, defendendo que a solução passa por alterações na formação.

«Não tem efeito nenhum a médio-longo prazo no comportamento dos jovens. Admito que as pessoas fiquem chocadas, emocionadas e que digam que vão comportar-se de maneira diferente, mas isso é passageiro e depois volta tudo ao mesmo», adiantou à agência Lusa José Manuel Trigoso.

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O cantor Angélico Vieira morreu na terça-feira após um acidente de viação, tendo na altura a GNR avançado com a hipótese que o actor não levava cinto de segurança.

No entender do presidente da PRP, a solução sustentada faz-se através de um conjunto de alterações ao que tem sido feito até agora quer ao nível da educação rodoviária quer ao nível do que se faz na formação de condutores.

«Na formação de condutores, tem de ser feita uma reformulação séria e profunda, a começar por uma alteração radical na forma e no conteúdo de fazer exames de condução porque é isso que vai alterar a formação de condutores. É também fundamental alterar o que tem vindo a ser feito na educação rodoviária na escola, tem de se fazer pedagogia do que é circular na estrada e viver na via pública todos os dias», explicou.

Salientou ainda a necessidade de se conseguir também «alterações cirúrgicas», nomeadamente no uso sistemático dos equipamentos de segurança que «salvam vidas e custam zero e que não são usados».

José Manuel Trigoso considerou que acidentes como o de Angélico Vieira podem fazer despertar algumas consciências, nomeadamente nas autoridades fiscalizadoras, que acusou de «não fazerem acções sistemáticas e contínuas de fiscalização ao uso de cinto de segurança na retaguarda».

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