Os guardas prisionais anunciaram esta quinta-feira que vão realizar uma greve total a 24 e 25 de março e admitem avançar com outras paralisações em abril caso o Ministério da Justiça continue a adiar a aplicação do estatuto profissional.
O anúncio foi feito pelo presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Jorge Alves, durante uma vigília realizada na manhã desta quinta-feira em frente ao Ministério da Justiça e que terminou com a entrega de um memorando no Ministério de Paula Teixeira da Cruz.
«Temos marcada uma greve para 24 e 25 de março e já estamos a projetar outras greves para abril caso o Ministério não apresente factos concretos e que diga que vai cumprir finalmente com as promessas», disse à agência Lusa Jorge Alves.
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«Passado mais de um ano da sua aplicação, o estatuto continua a não ser cumprido», afirmou Jorge Alves, sublinhando que no memorando entregue no Ministério da Justiça relembram Paula Teixeira da Cruz para as promessas feitas.
O presidente do sindicato frisou que os guardas prisionais exigem “uma solução rápida”, tendo em conta que as promoções e a passagem aos novos níveis remuneratórios estavam previstas no orçamento para este ano. Porém, sustentou, os guardas prisionais foram «confrontados, mal o ano começou, que não existe dinheiro para garantir as promoções e os níveis remuneratórios», além da «falta de vontade em resolver e discutir com quem pratica no dia-a-dia o trabalho nas cadeias um horário de trabalho adequado», como decalara à Lusa.
Por outro lado, Jorge Alves afirmou que os problemas financeiros da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) manifestam-se também ao nível da «falta de investimento na saúde e na higiene» dos reclusos e dos guardas prisionais.
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O protesto desta quinta-feira do sindicato mais representativo dos guardas prisionais começou com uma vigília junto à DGRSP, seguindo depois para o Ministério da Justiça.
Os guardas prisionais estão desde o dia 02 de março a realizar uma greve aos turnos da noite e aos fins de semana, paralisação parcial que se prolonga até 01 de abril.
Segundo o sindicato, a greve está a ter uma adesão de cerca de 80 por cento.
Além da greve total marcada para 24 e 25 de março, o SNCGP tem ainda agendada para 19 de março uma outra vigília junto à casa civil do presidente da República.
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