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A pedalar para denunciar más condições na Educação

Professor vai fazer Norte-Sul em protesto contras as condições de trabalho

Professor há 21 anos, António Morais está a pedalar há duas semanas pelo país, para alertar para as condições de trabalho da classe, numa viagem que começou em Melgaço e deverá terminar em Vila Real de Santo António, escreve a Lusa.

«O meu combustível é a raiva e indignação que sinto pelo que está a acontecer na Educação», disse o docente aos jornalistas, em Coimbra, antes de iniciar mais uma etapa, desta vez rumo a Leiria.

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A «hostilização que a equipa do Ministério da Educação tem feito aos professores» é o motivo que levou o dirigente sindical e docente em Aveiro a arrancar para uma pedalada de Norte a Sul do país, denominada «No Trilho da Esperança».

«Massacrando os professores, como tem sido feito, é dar um tiro no pé, não se melhora o Ensino, cria-se é uma maior indisciplina nas escolas», afirmou.

Viagem é para terminar a 22 de Agosto

António Morais, que conta terminar a viagem a 22 de Agosto, tem consciência de que a iniciativa «provavelmente não irá surtir efeito» junto do Ministério da Educação, mas servirá para «manifestar radical desacordo» com as políticas seguidas para o sector.

«Queremos fazer ver a opinião pública que hoje não é um privilégio ser professor. Se antes saltitava (de escola) no início de carreira, hoje saltita, provavelmente, toda a vida», disse.

Presente em Coimbra, à partir de António Morais para Leiria, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, sublinhou que a iniciativa pretende fazer pressão sobre o Governo para a situação da carreira docente.

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O ano lectivo que passou foi «extremamente difícil para os professores, com muitas iniciativas legislativas que atentaram contra a sua carreira», sustentou.

«No dia 12 de Setembro veremos um conjunto de ministros com cheques de 500 euros no bolso para entregar aos melhores alunos de escola», criticou, referindo que a medida «é mais fácil do que garantir igualdade de oportunidades a todos os alunos».

Ligar o Norte ao Sul do país de bicicleta está a ser «menos duro» do que António Morais inicialmente previa, embora aos 25 quilómetros se ressinta do selim.

«A minha bicicleta tem-se aguentado, está a ser bom para mim e para as pessoas com quem estou a contactar, que me têm apoiado», disse, sublinhando que tem recebido «inúmeras mensagens de apoio» desde que iniciou a viagem.

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