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Sindicatos: reforma curricular vai aumentar desemprego

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Fenprof e FNE lamentam não ter participado no projecto do Ministério da Educação

A Fenprof considera que a reforma curricular, apresentada esta segunda-feira pelo ministro Nuno Crato, vai aumentar o desemprego de professores e desvalorizar as áreas de expressão no Ensino Básico.

Em comunicado citado pela Lusa, a Federação Nacional de Professores teceu várias críticas à reforma curricular, referindo mesmo que esta não é uma verdadeira reorganização, «mas apenas alguns ajustamentos ao que se encontra em vigor».

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Para a Fenprof, vai haver um aumento do número de docentes desempregados e não apenas entre professores dos actuais grupos de EVT e Informática.

«Da eliminação de desdobramentos, bem como de opções anuais no secundário, haverá igualmente um impacto negativo nos docentes das disciplinas envolvidas. Por fim, da eliminação do Estudo Acompanhado e da Formação Cívica, resultará também uma redução muito significativa de horários que, neste caso, atingirão a generalidade dos docentes», refere o comunicado.

Quando ao Ensino Básico, a Fenprof considera que a reforma desvaloriza as áreas de expressões, da formação cívica dos jovens, bem como da sua formação na área das tecnologias.

Ainda no Ensino Básico, a alteração do modelo de desdobramento em Ciências da Natureza no 2.º Ciclo e a designada alternância no 3.º Ciclo entre as disciplinas de Ciências da Natureza e Físico-Química servirá para MEC «poder aumentar o número de horas da disciplina e dispensar docentes».

O carácter facultativo do apoio ao estudo no 2.º Ciclo carece também, no entender da Fenprof, de uma explicação sobre em que condições poderá ser levada a efeito a sua promoção.

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No Ensino Secundário, é criticado o facto de esta reforma empobrecer o currículo, faltando saber qual a avaliação feita pelo MEC para reduzir horas e suprimir uma das opções anuais.

A Fenprof anunciou que vai solicitar ao Ministério o estudo de impacto financeiro do projecto apresentado e a fundamentação do mesmo, documento que já se encontra elaborado e decerto presente no ministério das Finanças.

Já a Federação Nacional da Educação (FNE) lamentou que o Governo tenha anunciado uma proposta de revisão curricular para o ensino básico sem ter convidado as organizações sindicais dos professores.

Antes de qualquer apreciação sobre as propostas concretas do Ministério da Educação e Ciência (MEC), a FNE afirma registar «negativamente» que as organizações sindicais «tenham sido consideradas dispensáveis nesta oportunidade».

«É nosso entendimento que, entre outras entidades, aquelas que são representativas dos docentes, são essenciais para o sucesso de qualquer medida que se queira tomar a este nível, e não deveriam ter sido marginalizadas neste contexto», escreve, em comunicado, a estrutura sindical.

A FNE garante, porém, que não se demite de participar no debate público que o MEC está a promover sobre as alterações curriculares a introduzir, frisando que «não deixará de oportunamente sobre elas emitir opinião».

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