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Universidades pedem «liberdade» para gerirem receitas

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Ministro diz que tentará proteger as instituições num «quadro geral de restrições»

O reitor da Universidade de Lisboa reclamou esta terça-feira «liberdade» para as universidades gerirem as suas receitas próprias, aceitando que há uma redução no financiamento estadual mas criticando as cativações impostas pelo Governo.

«O Estado não nos pode dar 50 e querer controlar 100», disse António Sampaio da Nóvoa em declarações aos jornalistas à margem do lançamento de um selo postal comemorativo do centenário da matemática Maria Pilar Ribeiro.

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Sampaio da Nóvoa concordou com as declarações dos reitores das Universidades de Coimbra e Porto, que recusaram na segunda-feira um aumento de propinas para compensar os cortes no financiamento das instituições e pediram aos governantes mais autonomia e que «não compliquem» a vida académica com burocracias.

António Sampaio da Nóvoa ressalvou que «nunca» ouviu nenhum governante achar que cativar as receitas das universidades é «uma coisa correcta». No entanto, a «máquina administrativa» recusa-se a deixar que a realidade mude, indicou.

«Não tem sensibilidade para perceber que num momento de enorme crise social, em que os estudantes têm dificuldades para estudar, não se pode cativar o que pagam em propinas para tapar buracos no BPN ou noutra coisa qualquer», declarou.

Sampaio da Nóvoa considerou que «isto é que não é justo, que os estudantes estejam a contribuir com as suas propinas para estes problemas».

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O ministro da Educação e Ciência afirmou que o Governo tentará «proteger» o trabalho das universidades num «quadro geral de restrições», mas escusou-se adiantar se poderão esperar mais autonomia para gerir as suas receitas.

«O Orçamento Geral do Estado vai ser apresentado em breve e conhecido em pormenor. Eu reservar-me-ia para essa altura, mas os reitores já conhecem as suas linhas essenciais, já foram discutidas com eles», declarou.

«Têm feito um grande esforço para ter receitas próprias sem esquecer o desenvolvimento da ciência e a transmissão de conhecimento a um nível elevado, através de contratos de desenvolvimento científico, consultorias, num movimento muito positivo», reconheceu.

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