Os moradores da Rua Padre António Vieira, em Lisboa, junto ao Parque Eduardo VII, queixam-se da prostituição e do tráfico de droga, que os impede do dormir, juntamente com o ruído e tráfego da zona.
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«Não conseguimos dormir. Ainda na noite passada voltei a acordar», contou à agência Lusa um representante dos residentes que preferiu manter o anonimato, assim como os restantes moradores.
De acordo com os residentes, normalmente, há mulheres e homens a prostituir-se durante a semana a partir das 18:00, e ao fim de semana a partir das 12:00.
«Trazem as prostitutas e a droga»«Às vezes, durante a semana, queremos ir ao talho às 12:30 e temos de pedir licença [às prostitutas] para passar. Quando há atividades no Parque Eduardo VII também estão sempre lá».
Por consequência, o ruído, a insegurança, o elevado tráfego e a sujidade passaram a ser habituais, apontaram os moradores, que viram as suas rotinas diárias alteradas.
«Temos receio de que o bairro, localizado numa zona nobre, se torne no velho Casal Ventoso da droga e no velho Intendente da prostituição, à vista de toda a gente», revelaram.
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O estabelecimento fechou portas em julho devido a problemas de insonorização, mas voltou a abrir em setembro. O proprietário do imóvel, Álvaro Trigo, refutou as críticas, defendendo que «nunca houve problemas» com o estabelecimento, mesmo não sendo o atual explorador do bar.
A situação está nas mãos da Câmara de Lisboa, da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, da Polícia Municipal e da Polícia de Segurança Pública (PSP). As duas forças policiais são, aliás, frequentemente chamadas ao local.
não são competênciasO vereador da Segurança, Carlos Castro, disse apenas que a situação «está a ser acompanhada de perto e com a máxima atenção» por parte da Câmara, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.
Admitindo que o problema « aflige, de facto, os moradores daquela zona da cidade», o executivo da freguesia disse ainda que entre as medidas por si propostas está « uma zona de trânsito condicionado a 30 quilómetros/hora, que dificulte práticas ruidosas».
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«em negociações»Já o comandante da Polícia Municipal, André Gomes, reconheceu que «tirar prostitutas da rua é uma coisa dificílima» e informou que se tem optado por fazer um «patrulhamento preventivo» na zona.
Em nome do sossego do bairro, a esperança dos moradores é de que a situação esteja resolvida «até ao final do ano».
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