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Lisboa: uma dúzia contra o G20

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Cerca de 15 manifestantes denunciaram «as maiores mentiras financeiras» dos últimos tempos

Cerca de 15 pessoas denunciaram esta quarta-feira nas ruas de Lisboa «as maiores mentiras financeiras» dos últimos tempos e exigiram um novo modelo económico e social, a propósito da reunião do G20, quinta-feira, em Londres.

Milhares protestam em Londres contra G20

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Vestidos de executivos, os manifestantes utilizavam narizes vermelhos e compridos, ao estilo do Pinóquio, e transportavam balões coloridos, estando «as mais populares petas» associadas a cada um, que tal como as bolhas especulativas acabavam por rebentar.

«Já agarrou a sua mentira financeira hoje? Aproveite, está em promoção», «Directamente da reunião do G20, chegou a mentira financeira, em promoção», gritava através de um megafone uma das activistas, enquanto descia a Avenida da Liberdade.

«Há uma lógica do sistema que nos diz coisas em que todos acreditamos. Como dizer que o mercado traz equilíbrio ou que a economia traz eficiência. São mentiras ditas por pessoas de fato e gravata», disse aos jornalistas Sara Rocha, da Rede Que Alternativas, responsável pelo protesto.

A Rede Que Alternativas foi criada por ocasião da Cimeira Europa-África e reúne movimentos sociais e outras organizações portuguesas envolvidas no movimento alterglobalização, que buscam sistemas económico e social alternativos aos actuais, que consideram falidos.

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«Dia das Mentiras Financeiras»

«Para o pão e a água não há dinheiro, só para salvar o banqueiro», «Quer conhecer o Sarkozy, conte uma mentira financeira», exclamava outro dos manifestantes, ao mesmo tempo que ia entregando às pessoas por quem ia passando um folheto com o título «Dia das Mentiras Financeiras».

Lá dentro, são assinaladas «algumas das petas mais populares dos últimos tempos» como «a crise foi criada porque alguns banqueiros foram ganaciosos demais e enganaram o sistema», «a irresponsabilidade dos consumidores e o seu endividamento exagerado provocou a crise» ou «o serviço público deve ser usado para salvar todo e qualquer banco, independentemente da sua dimensão e do tipo de negócios em que se envolve».

«Dizem-nos que os bancos têm razão, que os mercados financeiros é que têm razão e que a especulação é óptima. Tudo mentiras», acrescentou Sara Rocha.

«Verdadeira reforma do sistema financeiro»

Para outra manifestante, Ariana Jordão, que considera o activismo a sua profissão, «a maior peta é a da ganância»: «Era inevitável chegar aonde chegámos e vai voltar a acontecer se não houver uma verdadeira reforma do sistema financeiro».

«Espero que esta seja uma oportunidade para reajustar as balanças ao nível social», acrescentou.

O G20, que reúne a partir de quinta-feira em Londres, representa 85 por cento da economia mundial e cerca de dois terços da população mundial. Integram-no os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.

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