Os 80 elementos do Corpo de Intervenção (CI) da PSP de Faro retiraram esta terça-feira as insígnias dos uniformes em protesto contra o excesso de horas nocturnas e a diferença nas regras de instrução em relação a outros destacamentos congéneres.
«Não há planeamento de instrução» e «as regras são diferentes das do Corpo de Intervenção de Lisboa», acusa fonte da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), citada pela agência Lusa.
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A falta de uniformização na instrução no Corpo de Intervenção de Faro em relação ao resto do país é a principal razão de queixa dos polícias. Este facto leva a que em casos de intervenção pública, ou buscas domiciliárias, por exemplo, haja atitudes e comportamentos diferentes quando vários corpos de intervenção estão juntos no terreno.
O planeamento das instruções, mas também as irregularidades com a escala de serviço - os agentes ainda não conhecem a escala de Outubro - e a carga horária nocturna são os principais protestos dos 80 agentes que hoje retiram as insígnias e emblemas dos uniformes.
Em comunicado enviado à comunicação social, a ASPP/PSP considera «urgente uma análise ao modelo de utilização deste destacamento por parte da Unidade Especial de Polícia» que integram. Os elementos do CI de Faro, no passado mês de Julho, e também como forma de protesto, realizaram provas físicas anuais onde obtiveram apenas, em média, dez valores, resultados mínimos tendo em conta o grau de exigência de uma Unidade Especial: «Esta contestação teve um reflexo nulo junto da hierarquia, que não se preocupou em detectar e encontrar soluções para os problemas».
A forma de luta mais usual seria o «levantamento de rancho» (deixar de comer uma refeição), mas como «o refeitório é inexistente, a forma de protesto alternativo foi retirar as insígnias», lê-se ainda no comunicado.
A Agência Lusa tentou obter um comentário da Direcção da PSP ao protesto dos 80 elementos do CI, mas em tempo útil tal não foi possível.
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