Já fez LIKE no TVI Notícias?

Loures: notícias «tendenciosas»

Relacionados

Federação das associações ciganas criticam jornalistas de televisão

A Federação das Associações Ciganas de Portugal (FECALP) criticou este domingo, em comunicado, o tratamento jornalístico dos confrontos ocorridos sexta-feira em Loures, alegando que «notícias tendenciosas» provocam «mais aversão» da opinião pública contra esta minoria étnica, escreve a Lusa.

Contactado pela Agência Lusa, Bruno Gonçalves, dirigente da FECALP, manifestou «descontentamento pelo trabalho das televisões» acerca do «episódio triste» no Bairro da Quinta da Fonte, palco de um tiroteio entre moradores que provocou vários feridos.

PUB

Repudiando os confrontos ocorridos, o responsável considera, por outro lado, que «as TV continuam a fazer um péssimo trabalho, pois estão a transformar as comunidades ciganas em carrascos, e aos outros moradores, igualmente envolvidos naquela vergonha, em heróis!».

Para Bruno Gonçalves, «só se está a divulgar um vídeo onde a comunidade cigana se defende dos tiros da outra facção, e ninguém mostra o outro lado, e as atitudes incorrectas que também tomaram», criticou, questionando ainda: «Quantos portugueses ciganos foram ouvidos pelos jornalistas da TV?».

Quinta da Fonte: moradores pedem há anos para sair

Loures: «Violência pode repetir-se»

A FECALP está a ponderar entregar uma queixa-crime ao Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) contra jornalistas que considera não terem sido imparciais neste caso.

PUB

«É vergonhoso o que aconteceu, e vê-se que há uma comunidade cigana envolvida, mas que não é a única culpada», observou, considerando que «alguns profissionais da comunicação social estão a omitir os outros envolvidos, tomando caminhos errados que mostram que existe preconceito».

Contudo, Bruno Gonçalves ressalvou que a falta de isenção «tem vindo a melhorar na imprensa escrita nacional e até a nível local, que já tem mais sensibilidade para tratar estes casos».

Repudiando mais uma vez os actos de violência, o responsável condenou também a reacção dos responsáveis políticos: «São eles os principais causadores das tragédias sociais. Criam-se bairros sociais que não são mais do que guetos e encaixota-se as pessoas e depois a intervenção social, que deve ser permanente, é feita de maneira avulsa».

PUB

Relacionados

Últimas