Elementos da comunidade cigana do Bairro da Quinta da Fonte, Loures, iniciaram cerca das 10h45 uma reunião com o presidente da câmara municipal para debater o recente caso de violência na zona, disse um dos moradores.
O morador João Maia Fernandes, que aguardava o desfecho do encontro frente à Câmara Municipal de Loures, disse que na reunião estão presentes «três ou quatro elementos da comunidade cigana», dois advogados «um da comunidade cigana e outro da comunidade africana» e um pastor evangélico. Os elementos ciganos presentes na reunião, disse a mesma fonte, «são das pessoas mais velhas da comunidade».
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João Maia Fernandes era uma das dezenas de pessoas - especialmente famílias ciganas - que aguardavam o fim do encontro no largo frente à Câmara Municipal de Loures.
Segundo moradores ouvidos pela Lusa, a comunidade cigana pretende que a autarquia encontre uma solução para o problema da insegurança pois dizem já não ter condições para continuar a habitar e a dormir no bairro.
Pela segunda vez em menos de 24 horas, meia centena de indivíduos de dois grupos envolveram-se sexta-feira por volta das 14:00 horas em confrontos com utilização de armas de fogo, segundo a PSP, que indicou ter detido dois indivíduos e apreendido algumas armas de fogo e munições de calibre variado.
Na quinta-feira, uma rixa entre dois grupos de do mesmo bairro tinha provocado nove feridos ligeiros e danos em várias viaturas.
O bairro da Quinta da Fonte, na freguesia da Apelação, concelho de Loures, foi edificado para acolher desalojados pela construção dos acessos viários à Expo 98 e tem actualmente 2.500 habitantes de várias etnias.
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