Já fez LIKE no TVI Notícias?

Brasil vai pedir anulação da nacionalidade portuguesa de Schmidt

Advocacia-Geral da União argumenta que empresário "obteve a nacionalidade portuguesa apenas com o objetivo de evitar ser julgado no Brasil”. Raul Schmidt é alvo de pedido de extradição

A Advocacia-Geral da União (AGU), do Brasil, anunciou que vai solicitar aos tribunais portugueses a anulação da nacionalidade portuguesa adquirida pelo empresário Raul Schmidt, acusado de intermediar o pagamento de “luvas” a ex-diretores da Petrobras.

No "site" da AGU lê-se que a ação “será um trabalho conjunto entre AGU e o Ministério Público Federal brasileiro”, “a primeira desta natureza movida pelo Estado brasileiro no exterior”.

PUB

Segundo a AGU, “há provas de que Schmidt obteve a nacionalidade portuguesa apenas com o objetivo de evitar ser julgado no Brasil”.

A notícia foi avançada pelo diário Público, que refere que o empresário “está no meio de um processo de extradição para o Brasil que aguarda conclusão”, no âmbito do inquérito judicial "Lava Jato", no Brasil.

A Advocacia-Geral da União é, segundo o seu 'site', responsável pelas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos do Poder Executivo e é a entidade que representa juridicamente o Estado brasileiro perante órgãos internacionais.

Schmidt, adianta a AGU, é também “apontado como representante de empresas que obtiveram contratos de exploração de plataformas da Petrobras”, a empresa estatal brasileira de petróleos.

No texto 'online' lê-se que, em janeiro último, “a AGU havia obtido a extradição de Schmidt para o Brasil”, no entanto, posteriormente a Justiça portuguesa “concedeu-lhe o direito de aguardar em liberdade até que o pedido de revisão da extradição, apresentado pela defesa, fosse analisado”.

PUB

O diário português contactou o Ministério da Justiça português, que disse não se pronunciar “sobre factos hipotéticos (a eventual impugnação da atribuição da nacionalidade portuguesa)”.

Mesmo que essa impugnação se concretizasse, ‘como ela é necessariamente judicial está igualmente excluída qualquer pronúncia’, dado o princípio da independência dos tribunais, segundo o ministério.

Um dos advogados de Raul Schmidt, Alexandre Mota Pinto, comentou ao Público que se trata de "uma tentativa de interferência de uma instituição estrangeira nas instituições soberanas de outro Estado".

PUB

Últimas