Recebiam dinheiro, viagens, bilhetes para jogos de futebol e até uma Playstation. Em troca, receitavam os medicamentos que o laboratório farmacêutico queria. Os três médicos foram agora acusados de corrupção passiva, informa a edição online do semanário «Sol».
A denúncia foi feita em 2010 por um delegado de informação médica do laboratório em causa, de Lisboa, e a acusação foi deduzida a 20 de Maio pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra.
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Segundo o denunciante, as «prendas» do laboratório eram maiores consoante eram vendidos mais medicamentos. Este, o seu chefe e o laboratório não foram acusados porque, neste caso, os crimes já prescreveram.
Um dos médicos acusados, que trabalha num centro de saúde do distrito de Viseu, prescreveu diversos genéricos de combate ao reumatismo, diabetes e doenças cardiovasculares deste laboratório e em troca recebeu uma Playstation 2 e bilhetes para ver o Benfica.
As outras médicas receberam mesmo dinheiro, com as «prendas» a chegarem aos 600 euros.
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, garantiu que estes clínicos já estão a ser investigados disciplinarmente.
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