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Óleo doméstico reciclado vai abastecer automóveis

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Municípios algarvios vão usar biocombustíveis feitos com óleo doméstico usado

As frotas automóveis das câmaras municipais do Algarve poderão começar a ser abastecidas com óleo alimentar usado já a partir de 2008, graças a um projecto candidato a fundos comunitários, disse à Lusa fonte da associação ambientalista Almargem.

Na origem do projecto está a necessidade de baixar o custo do consumo das frotas municipais, mas também a intenção de «ajudar a resolver o problema ambiental do destino dos óleos usados», disse à Lusa o responsável pelo projecto, Alfredo Franco.

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«Em todo o Algarve são produzidas mensalmente 100 toneladas de óleos alimentares usados, tanto como os espaços comerciais produzem», disse.

Só que, acrescentou, ao contrário do que acontece com os hotéis e a restauração, em que o problema é resolvido através de um sistema legal de recolha selectiva, «em nossas casas cada um resolve o problema à sua maneira».

Os estudos demonstram que 55 por cento dos óleos usados perdem-se no esgoto, enquanto 45 por cento vão para o lixo, isto é, acabam nas estações de tratamento de resíduos sólidos.

Ponha o óleo no Oleão

Tal como já acontece na cidade espanhola de Valência e em Sintra, e acontecerá brevemente em Oeiras, os consumidores domésticos serão convidados a depositar o óleo em contentores que estarão junto dos recipientes para o vidro, papel e embalagens.

Um camião-cisterna com capacidade para 10 mil litros fará a recolha dos oleões em todos os eco-pontos e levá-los-á para uma central de refinamento, a instalar num município ainda não escolhido.

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«Já temos dois municípios que se ofereceram para albergarem essa central, na zona central do Algarve», garante Alfredo Franco, escusando-se a revelar a localização.

O controlo do refinamento será feito pela Universidade do Algarve.

Posteriormente, o óleo de cada município regressará ao concelho de origem em quantidades proporcionais às das recolhas, mas sob a forma de biocombustível B30, isto é, com 30 por cento de óleos usados refinados e 70 por cento de gasóleo tradicional.

O uso de biocombustíveis trará «evidentes benefícios económicos» para os municípios aderentes, sublinha o dirigente ambientalista, informando que só a frota da câmara de Loulé gasta 600 mil litros de gasóleo e todos os camiões do lixo ao serviço da empresa intermunicipal Algar gastam 1,6 milhões de litros.

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