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Fogos: perdemos 31 mil hectares em 2007

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Nos últimos três meses do ano ardeu tanta área como nos primeiros nove

A área ardida em resultado dos incêndios ocorridos em Portugal Continental em 2007 ascendeu a 31.062 hectares, de acordo com o relatório da comissão parlamentar de acompanhamento da política de defesa da floresta contra incêndios, escreve a Lusa.

O documento, que será votado no Parlamento na próxima terça-feira e a que a Lusa já teve acesso, revela que a área de ardida nos últimos três meses do ano foi quase a mesma da verificada nos primeiros nove meses. De Janeiro a 30 de Setembro arderam 16.605 hectares (53,5 por cento), enquanto que de 1 de Outubro a 31 de Dezembro arderam 14.457 hectares (46,5 por cento).

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Vento dificultou combate a incêndios

O relatório indica que dos 3.653 incêndios verificados ao longo do ano de 2007, foi entre Outubro e Dezembro que se registaram mais ocorrências com 2.086 incêndios, mais 519 dos ocorridos nos primeiros nove meses do ano (1.567).

Do total de área ardida - que representa menos de metade da registada em 2006 (75.335 ha) e a menor desde o ano de 2002 - 21.652 hectares foram matos e terrenos incultos e 9.410 em povoamentos florestais.

O relatório indica ainda que foram registados um total de 18.368 ocorrências de incêndios e fogachos em 2007 - o que traduz um decréscimo face às 19.379 verificadas em 2006 -, sendo 10.395 até 30 de Setembro e 7.973 de 1 de Outubro a 31 Dezembro.

Menos fogos nas áreas protegidas

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Nas doze áreas protegidas em Portugal continental, registaram-se 627 ocorrências de fogo, durante o ano de 2007, que consumiram uma área de 3.042 hectares. Em 2006 tinham sido consumidos 12.555 hectares, de acordo com o relatório citando dados do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade.

O Parque Natural do Vale do Guadiana foi a área protegida mais afectada pelo fogo no ano de 2007, com 1.131 hectares de área ardida, e onde «ocorreram as consequências ambientais mais graves», de acordo o próprio ministro do Ambiente, Nunes Correia, citado no relatório da comissão parlamentar.

Para o relator do documento, o socialista Horácio Antunes, a prevenção na área do patrulhamento efectivo levada a cabo pelas autoridades, «foi um dos factores fundamentais para a redução da área ardida» em 2007.

Outro dos factores de sucesso na redução das áreas fustigadas pelo fogo, foram «as condições meteorológicas favoráveis» e a «capacidade de resposta do efectivo no ataque inicial», afirmou à Lusa o deputado.

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