A indústria farmacêutica considera que a implementação da prescrição por princípio activo e não por marca do medicamento «não defende o doente» e poderá representar o fim de «mil postos de trabalho».
Para as empresas farmacêuticas, «de base nacional, a pretendida implementação deste diploma poderá colocar em causa mais de mil postos de trabalho», assim como «boa parte da capacidade industrial farmacêutica e exportadora instalada em Portugal», defendeu hoje o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), João Almeida Lopes.
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Em declarações escritas à agência Lusa, o presidente da APIFARMA alertou ainda para o perigo da entrada em vigor do diploma, que «vai limitar o potencial de investimento e desenvolvimento (da indústria instalada em Portugal) em parcerias que têm surgido nos últimos anos».
João Almeida Lopes criticou ainda a implementação do diploma de prescrição por Denominação Comum Internacional já no início de Março, por considerar que a medida «ignora o actual contexto de acesso do doente ao medicamento».
A prescrição por DCI «terá consequências muito graves em termos de adesão à terapêutica, as quais não estão a ser consideradas, nem as inerentes implicações em termos de saúde pública», defendeu o responsável.
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