Já fez LIKE no TVI Notícias?

Sangue de Carlos Castro encontrado na roupa de Renato

Relacionados

Especialista em DNA foi ouvida esta segunda-feira no tribunal de Nova Iorque

Várias peças de roupa usadas por Renato Seabra no dia do homicídio de Carlos Castro tinham vestígios de sangue da vítima, revelou esta terça-feira no tribunal de Nova Iorque a responsável pelos testes de DNA.

A especialista Jennifer DiAndrea disse ao tribunal que os vestígios de sangue foram encontrados na parte de dentro do casaco do jovem, acusado do homicídio de Carlos Castro, junto aos pulsos, e também nos ténis, noticia a Lusa.

PUB

A descoberta de sangue de Carlos Castro junto aos pulsos, misturado com o de Renato Seabra, deverá ser aproveitada em tribunal pela defesa, que não nega que o jovem cometeu o crime, mas que sustenta que deve ser declarado inocente por ter sido um «episódio maníaco e de desordem bipolar» a levar ao homicídio, ocorrido a 7 de janeiro de 2011 no Intercontinental Hotel, em Nova Iorque, escreve a Lusa.

Entre a hora do crime e a descoberta do corpo ao final da tarde, Seabra esteve no quarto durante perto de cinco horas e mutilou o corpo, sobretudo na cara e partes genitais.

Segundo a defesa terá cometido atos tresloucados com partes do corpo da vítima, incluindo nos pulsos.

Escudando-se em relatórios psiquiátricos que apontam problemas mentais a Seabra, a defesa afirmam que, na altura do crime, o jovem «estava em pensamento delirante, num episódio maníaco e desordem bipolar com características psicóticas graves».

A defesa argumenta que foi a doença mental a levar ao crime, após o qual o jovem se passeou pelas ruas da cidade num estado de alucinação, tocando nas pessoas.

PUB

A defesa deverá também tentar explorar o facto de o telemóvel de Castro e a bateria, encontrados em locais diferentes do quarto, conterem vestígios de sangue de Seabra, uma vez que é indicação de que o homicida usou o telemóvel da vítima durante o crime.

A especialista em DNA deu ainda conta dos traços de sangue em algumas das armas do crime, incluindo uma televisão e uma cadeira.

Também foi ouvido o detetive Bruce Kapp, da Polícia de Nova Iorque, que acorreu ao Hospital Bellevue na madrugada de 8 de janeiro, para cuja ala psiquiátrica Renato Seabra foi encaminhado do hospital Saint Lukes.

O julgamento irá prosseguir ao longo de toda a semana, e o advogado de defesa, David Touger, acredita que o veredicto dos jurados será conhecido nos últimos dias de outubro, apurou a Lusa.

Seabra enfrenta uma acusação de homicídio em segundo grau, que implica uma pena mínima de 15 a 25 anos de prisão, podendo ir até perpétua.

PUB

Relacionados

Últimas