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Trabalhadores do Grupo EGF fazem greve de dois dias

Recolha de resíduos pode ficar comprometida em várias localidades

Os trabalhadores de quatro empresas do setor dos resíduos do Grupo EGF cumprem uma greve de 48 horas, na segunda e terça-feira, pela negociação de um acordo coletivo de trabalho e aumentos salariais, anunciou este domingo o STAL.

De acordo com um comunicado enviado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), afeto à CGTP-IN, “os trabalhadores de quatro empresas do setor de resíduos do Grupo EGF – ERSUC, Resiestrela, Resinorte e Valorlis – decidiram, na concentração da última sexta-feira (dia 18), realizar uma greve de 48 horas, exigindo salários justos, carreiras dignas, suplemento de risco e um ACT [acordo coletivo de trabalho] que valorize profissional e socialmente os trabalhadores”.

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Defendendo que o futuro não pode continuar a ser marcado por salários de miséria, pela precariedade, pela ausência de evolução profissional e por ritmos de trabalho infernais, os trabalhadores estarão em greve nos próximos dias 28 e 29”, lê-se na mesma nota.

De acordo com o STAL, a administração do Grupo EGF recusa-se a iniciar qualquer processo de negociação coletiva, pretendido pelos trabalhadores.

Assim, a greve, convocada pelo STAL e pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN), tem como objetivo reivindicar “a negociação de um ACT que uniformize as regras laborais para todos os trabalhadores do Grupo, que promova e garanta a valorização remuneratória, a dignificação profissional e a qualidade do serviço público prestado”.

Aqueles trabalhadores do setor dos resíduos pretendem ainda aumentos salariais, bem como o aumento dos subsídios de refeição, de transporte e de outras prestações, “que reponham o poder de compra perdido nos últimos anos”.

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Outras das exigências são a atribuição de um subsídio de risco extraordinário, no quadro da pandemia que se vive, a progressão e a promoção das carreiras profissionais e o respeito pelas normas de saúde e segurança no trabalho.

Os trabalhadores não aceitam que a EGF continue a desvalorizar o seu trabalho, a desrespeitar a contratação e a fugir à obrigação de negociar, reafirmando que a pandemia não pode impedir a melhoria dos direitos”, sublinhou o sindicato.

Segundo dados do STAL, os cerca de 1.000 trabalhadores ao serviço da ERSUC, Resiestrela, Resinorte, e Valorlis prestam serviço a 91 de municípios dos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Vila Real e Viseu e servem uma população de mais de 2,3 milhões de habitantes.

A EGF - Environment Global Facilities, é uma empresa do Grupo Mota-Engil/Urbaser, que atua no setor dos resíduos em Portugal e assegura o tratamento de 3,2 milhões de toneladas de resíduos por ano, produzidos por 6,3 milhões de habitantes.

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