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Nova Iorque: «Amaragem de avião é manobra difícil»

Piloto português diz que manobra só é treinada em simulador e exige tempo de preparação dos tripulantes e passageiros

A amaragem de um avião com rodas, como a que sucedeu esta quinta-feira nos Estados Unidos, é «uma manobra difícil» que só é treinada em simulador e exige tempo de preparação dos tripulantes e passageiros, sustentou à agência Lusa o piloto João Roque.

Hoje, um Airbus A320, da companhia aérea norte-americana US Airways, caiu no Rio Hudson, próximo do aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque, e ficou a flutuar.

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As 155 pessoas que seguiam a bordo saíram ilesas. Segundo a versão oficial dos acontecimentos, a aeronave foi atingida por pássaros.

Nova Iorque: avião aterra no rio Hudson

Em declarações à Agência Lusa, o piloto de linha aérea João Roque referiu que a amaragem de um avião com rodas, preparado para aterrar no solo, «é uma manobra difícil», cujo sucesso «depende das condições do mar», do «tempo de preparação» para a executar e colocar os coletes salva-vidas.

De acordo com João Roque, a manobra, que apenas é treinada num simulador e é usada numa «situação de emergência» de paragem de um ou dois motores do aparelho, exige «controlo da ansiedade» de tripulação e passageiros, para «evitar o pânico».

Sem apontar causas para o acidente ocorrido hoje em Nova Iorque, o piloto disse que o avião poderá ter perdido a potência nos dois motores, o que o privou de regressar à pista.

«É uma sorte que o avião tenha ficado inteiro [depois de amarar]», salientou, acrescentando, sem quantificar casos, que, «numa boa parte» destas situações, os aparelhos partem-se em contacto com a água.

João Roque explicou que os aviões, que amaram intactos, conseguem flutuar durante algum tempo devido a «bolsas de ar» dos compartimentos da cabina ou porões.

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