Mais de 42 mil voluntários participam hoje e domingo na campanha nacional de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome destinada a apoiar mais de 400 mil portugueses carenciados.
“Os 21 Bancos Alimentares Contra a Fome apelam a todos os portugueses que vão às compras que partilhem algo com as pessoas mais carenciadas da sua região”, disse à agência Lusa a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet.
Os voluntários, devidamente identificados, vão estar espalhados por 2.000 superfícies comerciais de todo o país a recolher os alimentos doados, que serão distribuídos posteriormente por 2.665 instituições de solidariedade social que apoiam diariamente 410 mil pessoas carenciadas
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Os portugueses podem contribuir para a campanha doando alimentos ou através de vales disponíveis a partir de hoje e até e 07 de junho nos supermercados, hipermercados e postos de abastecimento em todo o país.
Podem também contribuir através da plataforma eletrónica www.alimentestaideia.net, que visa permitir a participação na campanha de pessoas que habitualmente não se deslocam ao supermercado ou que residam fora de Portugal.
Nesta campanha, que tem como lema “Um gesto humanitário em resposta a uma causa social”, será utilizado “um novo saco de papel, mais ecológico, que alia a doação a um comportamento mais sustentável e amigo do ambiente”, refere a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Na campanha do ano passado, foram recolhidas 2.325 toneladas de alimentos, o que representou um decréscimo de 15% face a dezembro de 2013
Um estudo promovido pelo Banco Alimentar e pela Entreajuda revela que uma em cada três pessoas que recorreram a instituições de solidariedade social no ano passado afirmou ter passado fome pelo menos uma vez por semana devido à falta de dinheiro.
Apesar disso, o estudo assinala que os dados recolhidos em 2014 e 2015 revelam uma melhoria na situação alimentar destes utentes relativamente a 2012 (26 e 14 por cento respetivamente).
Segundo o estudo, em 52% dos agregados familiares, o rendimento mensal era igual ou inferior a 400 euros (25% das famílias ganhavam menos 250 euros, 28% entre 251 e 400 euros, 20% entre 401 e 500 euros e 28% mais de 500 euros), dados que se mantêm em relação a 2012.
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