Os livros sagrados e a religião têm de ser respeitados, defendeu esta quinta-feira de manhã, o presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Vakil. Em declarações à agência Lusa, o responsável religioso admitiu que considerou «um bocado ofensivas» as declarações de José Saramago sobre Deus, a Bíblia e o Corão.
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«Nem vou perder tempo a fazer comentários. Ele tem a sua opinião, é um escritor, quer fazer publicidade ao seu livro», referiu Abdool Vakil.
Enquanto homem religioso explicou que respeita os livros sagrados de todas as religiões, como a Torah, o Evangelho, a Bíblia e o Corão, porque acredita neles. «É preciso ter fé. Essa pequena coisa de duas letras, fé, faz toda a diferença», acrescentou.
O presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa referia-se às várias declarações de José Saramago a propósito do seu mais recente livro, «Caim», nas quais considerava que a Bíblia é um «manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana», acrescentando que não existe nada de divino na Bíblia nem no Corão.
Em nome do respeito por todas as religiões, profetas e livros sagrados, Abdool Vakil confessou que se sente ofendido quando, por exemplo, alguém fala mal de Jesus Cristo. «Não é só em relação ao profeta Maomé. Sinto-me ofendido em relação a todos os profetas, pois a nossa religião respeita-os, sem discriminações», disse.
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