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Autarca desmente Portas quanto às cirurgias em Cuba

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O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António desmentiu esta quarta-feira Paulo Portas, garantindo que os preços das cirurgias às cataratas dos seus munícipes em Cuba é inferior a todos os orçamentos que pediu em Portugal, incluindo misericórdias.

Esta quarta-feira à tarde, durante o debate quinzenal no Parlamento, o líder do CDS/PP garantiu que as Misericórdias dispõem de 15 hospitais «capazes de fazer mais três mil cirurgias por mês» a um custo «duas ou três vezes mais económico que fazê-las em Cuba».

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Em resposta, o autarca social-democrata algarvio Luís Gomes afirmou que antes de optar pela solução de Cuba a autarquia pediu orçamentos em Portugal e «os preços propostos, tanto pelos hospitais e clínicas privadas como pelas IPSS [Instituições Privadas de Solidariedade Social] eram sempre mais caras».

«No mínimo eram 25 por cento mais caras que em Cuba», disse, apontando o exemplo da clínica São João de Deus, uma IPSS de Montemor-o-Novo, que orçamentou uma operação às cataratas em 1.055 euros por olho, custo a que se deveriam juntar exames médicos, alojamento e viagens.

«Em Cuba, por 1.300 euros operam os dois olhos e os custos totais, viagem incluída, não ultrapassa os 2.000 euros», contrapôs o autarca.

Diagnóstico completo em Cuba

Indicou ainda que, das 150 cirurgias levadas a cabo até hoje a pacientes do seu concelho, as primeiras 30 foram uma oferta do estado cubano.

Além disso, apontou, os clínicos cubanos oferecem um diagnóstico completo - num programa que designam como «cuidados de saúde integrais - aos doentes portugueses e a devida terapia, sem qualquer aumento de preço».

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«Já fizeram curas a idosos com bronco-pneumonias, varizes, diabetes e até mesmo a um senhor que lhes apareceu subnutrido», disse, calculando em 20 por cento os pacientes que acabam por beneficiar dos «cuidados de saúde integrais».

O autarca de Vila Real de Santo António, o primeiro do país com esta solução para as filas de espera nas cirurgias às cataratas, lamentou que «haja, quer partidos políticos, quer governantes, a pronunciarem-se sobre a matéria sem a conhecerem e nunca tenham perguntado».

Sobre as preocupações hoje levantadas pela ministra da Saúde acerca qualidade do pós-operatório para os doentes, Luís Gomes reiterou as críticas sobre o desconhecimento da classe política, sublinhando que o tratamento implica um regime pós-operatório de 15 dias, já incluído no preço.

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