São 3855 os pacientes em lista de espera para uma cirurgia, número que tem vindo a diminuir desde Dezembro do último ano. De acordo com os dados divulgados ontem por Pedro Gomes, coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), os doentes oncológicos representam dois por cento de um total de 192 mil 750 pacientes em lista de espera.
Alguns pacientes esperam 4 meses
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Metade dos pacientes com cancro operados em 2007 esperou menos de 18 dias desde que foi inscrito na lista, mas o tempo médio de espera é de um mês. Dependendo da prioridade, cada caso pode esperar de três dias a quatro meses.
José Manuel Silva, dirigente da Ordem dos Médicos em declarações ao «Correio da Manhã» considera a espera desumana. «Não é aceitável clínica, técnica e humanamente», afirmou.
«O tormento de quem vive com a noção de que o atraso pode ser fatal»
O médico explicou que os doentes oncológicos deveriam ser sempre prioritários porque antes de estarem na lista de espera para cirurgia já estiveram na lista para a consulta. «É um atraso redobrado», avisou. José Silva acrescenta, «só quem espera por uma operação sabe o tormento que vive com a noção de que o atraso pode ser fatal».
Para além das listas, de acordo com José Silva, existem outros factores que atrasam as cirurgias como a falta de material clínico que provoca o atraso no diagnóstico. O dirigente da Ordem dos médicos acredita que a solução passa pela melhoria das capacidades dos hospitais.
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Em 2007 foram realizadas 35.698 cirurgias para o tratamento de tumores malignos e cada uma custa ao Estado 1300 euros.
Cancro de pele é o mais comum
Os cancros mais frequentemente operados foram os da pele (19%), da mama (14%), do cólon do recto (13%), da bexiga (10%) e do útero (6%). O tempo de espera de um doente para ser transferido de um hospital para ser operado até ao final do ano também vai diminuir, passará de dois meses para um.
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