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Crianças em risco recebem vacina da BCG em janeiro

DGS informa que as crianças que vivem em zonas geográficas de Portugal onde a incidência de tuberculose é maior também serão consideradas prioritárias

Perante este cenário, e uma vez que a vacina está em falta desde março, a Direção Geral da Saúde (DGS) procurou uma “fonte de fornecimento alternativa”, tendo optado por uma vacina japonesa. Assim que as vacinas chegarem do Japão, serão administradas prioritariamente nas crianças de risco, que podem ser, por exemplo, as que pertencem a famílias imigrantes de países onde a taxa de tubeerculose é elevada, como a Índia ou o Paquistão. As dificuldades de fornecimento da BCG começaram em março e estão ligadas a problemas com a produção de um laboratório dinamarquês que fabrica a vacina para a Europa.

As crianças de risco para a tuberculose vão receber, a partir de janeiro, a vacina da BCG, que Portugal comprou a um laboratório japonês, após mais um atraso no fornecimento pelo laboratório dinamarquês, disse a subdiretora geral da Saúde.

Graça Freitas explicou que, apesar de uma programação de entregas a partir do atual mês de dezembro, e quando Portugal aguardava as vacinas, o laboratório estatal dinamarquês informou as autoridades portuguesas de que as vacinas estavam novamente a ser analisadas e que não iriam exportar nenhum lote para nenhum país, antes de fazerem mais testes.

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“As nossas vacinas estão neste momento na Dinamarca, encomendadas e à espera de ver o que se vai passar em termos de controlo de qualidade na Dinamarca”, disse a especialista em saúde pública.

“Vamos conseguir alguns milhares de frascos e doses para o início de janeiro e depois teremos a possibilidade de importar ao longo de 2016 mais vacinas ao Japão. Entretanto, vamos ver o que acontece à nossa encomenda da Dinamarca”, adiantou.

Também as crianças que vivem em zonas geográficas de Portugal onde a incidência de tuberculose é maior, bem como as familiares de doentes, serão consideradas prioritárias para as autoridades de saúde.

Graça Freitas explicou que, como “Portugal atingiu um nível de controlo da tuberculose muito grande, a população em geral não tem grande risco para contrair tuberculose”.

A subdiretora geral da Saúde reconheceu que esta forma de vacinar – apenas a grupos de risco – poderá vir a ser a de um futuro próximo, estando essa possibilidade em análise pelos elementos da Comissão de Vacinação.

“A tendência natural, normal de todos os países e da maior parte da Europa ocidental - a própria Irlanda, que era como nós, está a mudar a sua estratégia de vacinação e a deixar de vacinar todas as crianças para vacinar apenas as crianças de risco – é que se deixe de vacinar todas as crianças e se passe a vacinar apenas as de risco”, disse.

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