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Cuidados paliativos: associações do setor criticam novo diploma

Associações lamentam não terem sido informadas pela tutela da publicação de um diploma que contém muitas alterações

Entre os “aspetos negativos” apontados na portaria está o facto de não refletir o enquadramento da rede nacional de cuidados paliativos.

A Associação dos Cuidados Paliativos e a Associação de Medicina Geral e Familiar acusam o Ministério da Saúde de não ter considerado as propostas apresentadas pelo grupo de trabalho para a regulamentação da lei dos cuidados paliativos.

Segundo as duas associações, a portaria da lei de bases dos cuidados paliativos “não reflete a essência e os conteúdos fundamentais apresentados pelo grupo de trabalho”.

“É lamentável não termos sido informados sobre a sua publicação, uma vez que apresenta grandes diferenças de conteúdo comparativamente ao que inicialmente foi proposto”, afirmam as associações, lamentando a postura do Ministério da Saúde e o desrespeito pela proposta do grupo de trabalho que participou na lei de base dos cuidados paliativos.

As duas associações consideram ainda que a lei define que a admissão e transferência de doentes carece de validação das equipas coordenadoras.

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"Atualmente a admissão é 'controlada' por um sistema informático em detrimento da situação clínica. Propunha [o grupo de trabalho] uma monitorização 'a posteriori', mas nunca validação 'a priori'. Na presente portaria tal não é respeitado mantendo em tudo o funcionamento desadequado da atual rede nacional de continuados integrados", referem as associações em comunicado.

Na nota, as associações do setor lamentam ainda que a nova portaria não tenha individualizado a rede de cuidados paliativos da rede nacional de cuidados continuados integrados: "perpetuar-se-ão os problemas até aqui existentes: falta de acesso a cuidados paliativos, falta de equipas de referenciação, atrasos e dificuldades nos processos, excesso de burocracia".

A agência Lusa contactou o Ministério da Saúde mas até ao momento não obteve resposta.

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