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Enfermeiros em greve

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Sindicatos alertam utentes para que se dirijam às urgências, e não aos centros de saúde, devido a greve de terça e quarta-feira

A generalidade dos Centros de Saúde não deverá contar com enfermeiros terça e quarta-feira, devido à greve decretada pelos quatro sindicatos da classe, pelo que os doentes deverão dirigir-se às urgências, alertou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

O coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins, referiu à Agência Lusa que as expectativas para esta paralisação são «superiores às greves anteriores, designadamente os colegas dos Centros de Saúde manifestaram grande vontade de aderir a esta greve e à manifestação [junto do Ministério da Saúde] do dia 1» de Outubro.

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Condições «caóticas» e «inaceitáveis»

Apesar de estarem garantidos os serviços mínimos, por imposição legal, o SEP «apela aos cidadãos para que recorram aos Centros de Saúde hoje e a partir de quinta-feira ou nos dias de greve aos serviços de urgência porque possivelmente na generalidade dos Centros de Saúde do país não haverá enfermeiros» durante a paralisação.

A greve de dois dias e a manifestação pretendem «explicitar bem alto» que os enfermeiros não irão admitir «mais retardamentos na negociação» das exigências relacionadas designadamente com precariedade, carreira com apenas uma categoria e admissão de mais profissionais, adiantou o dirigente sindical.

Luta mais radical

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José Carlos Martins voltou a admitir «radicalização nas formas de luta», que pode passar por mais dias de greve, uma hipótese levantada no passado dia 17 quando o Governo interrompeu as negociações.

O Ministério da Saúde interrompeu os contactos com os sindicatos dos enfermeiros devido à apresentação do pré-aviso de greve, alegando que «não ajuda a que a discussão se faça de forma séria, profunda e tranquila como é o objectivo de ambas as partes».

Uma eventual radicalização será discutida na assembleia geral de enfermeiros de quarta-feira.

Para José Carlos Martins, «quem está a pressionar não são os sindicatos, são os problemas que requerem solução para não agudizar o caos que existe em alguns serviços pela precariedade e carência de enfermeiros».

Período máximo de um ano

Em Agosto do ano passado entrou em vigor um decreto-lei que estabeleceu um período máximo de um ano nos contratos, quando anteriormente esses vínculos eram de três meses renováveis por um único e igual período.

O novo regime, que vigorará por dois anos, visa ser uma solução transitória até que a reforma da Administração Pública crie mecanismos de contratação que permitam fazer face a situações de excepção sem cair em situações de precariedade, explicou à Lusa fonte oficial do Ministério da Saúde nessa altura.

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