O futuro da dengue e o impacto da crise económica no fenómeno das infeções emergentes vão ser discutidos na quarta e na quinta-feira num congresso que reunirá cerca de 500 especialistas nacionais em doenças infeciosas.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), António Sarmento, disse à Lusa que «o impacto da crise económica» pelos efeitos que pode vir a ter na saúde curativa e preventiva.
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«Quanto mais empobrecermos, menos meios teremos para prevenir e tratar e, portanto, maior é o risco para a saúde», disse o especialista, que se escusou a falar dos efeitos dos cortes orçamentais na saúde em Portugal.
António Sarmento destacou ainda a discussão sobre «os efeitos da globalização no fenómeno das infeções emergentes na Europa, assim como as novas infeções associadas ao progresso da medicina».
O XI Congresso Nacional de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica realiza-se em simultâneo com o IX Congresso Nacional sobre Sida, que vão decorrer entre quarta-feira e sábado, no Porto.
As sessões de quinta-feira serão dedicadas à Infeciologia e Microbiologia Clínica, com análises dos progressos da medicina em áreas específicas do diagnóstico e tratamento da patologia infeciosa, nomeadamente na Dengue. Este tema será abordado por Marcelo Ferreira, antigo presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Na mesma mesa-redonda, que decorre às 16:45, o especialista Henrique Lecour vai traçar o impacto da crise económica e da globalização no fenómeno das infeções emergentes na Europa.
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