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Fumo do tabaco não é «fumo do inferno»

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Representantes do «vício» do tabaco portugueses e espanhóis foram confrontados com o «problema de saúde publica»

Representantes do «vício» do tabaco portugueses e espanhóis foram hoje confrontados com o «problema de saúde publica» que levanta o tabagismo por especialistas dos dois países reunidos num debate em Badajoz (Espanha), noticia a Lusa.

Tal como Juan Antonio Riesco Miranda, médico e membro da sociedade espanhola de especialistas em tabagismo, Emília Nunes, da Direcção-geral de Saúde (DGS) portuguesa, alegou que a nova lei do tabaco em Portugal apresenta-se como «uma medida de saúde pública e de protecção dos não fumadores».

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«A lei visa diminuir a exposição dos não fumadores ao fumo ambiental do tabaco», afirmou Emília Nunes, salientando que, por isso, um dos aspectos da nova legislação, que entra em vigor a 01 de Janeiro próximo, passa por «pedir aos fumadores que não fumem em espaços fechados».

A directora dos serviços de protecção e promoção da saúde da DGS observou ainda que a nova lei portuguesa, com aspectos semelhantes à legislação espanhola, já em vigor, vai permitir criar consultas específicas para quem quiser deixar de fumar em todos os centros de saúde portugueses.

Do lado espanhol, além de Juan Antonio Riesco Miranda, também o pneumólogo Miguel Barrueco defendeu as legislações antitabagistas, considerando mesmo que a lei em vigor no seu país «tem muitos defeitos» e «ficou muito aquém do que era preciso».

Como representante do «vício» do tabaco, apresentou-se o escritor português Francisco José Viegas, que reconheceu gostar de fumar charutos, mas disse ser «um dos raros fumadores portugueses que está de acordo com a nova lei». «Não fumo onde vejo um sinal a proibir fumar», garantiu.

Outro dos representantes do «vício» e também escritor, o espanhol David Torres, lembrou o «muito dinheiro» que o Estado espanhol recebe através de impostos sobre o tabaco. «Estão a tentar convencer que o fumo do tabaco é o fumo do inferno», disse David Torres, que, assumindo-se como «condutor passivo», preferiu chamar a atenção para os perigos do fumo proveniente dos automóveis e das mortes causadas por acidentes de viação.

A mesa-redonda sobre «Fumos Proibidos» teve lugar hoje no âmbito do «Ágora - O Debate Peninsular», que decorre em Badajoz até domingo.

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