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Médicos: Governo preocupado com prejuízos da greve para os doentes

Secretário de Estado diz, contudo, confiar que serviços mínimos vão ser assegurados

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, manifestou-se, esta terça-feira, preocupado com os prejuízos que a greve dos médicos provocará nos utentes, mas disse confiar que os serviços mínimos estejam assegurados.

«Nós estamos preocupados porque, sempre que se fere os utentes, isso não é uma coisa boa», declarou o governante aos jornalistas, em Coimbra, à margem da posse que conferiu ao conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) Francisco Gentil, da Região Centro.

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Manuel Teixeira acrescentou que a preocupação do Ministério da Saúde «é essencialmente essa», dado que os serviços mínimos estão garantidos. «Sabemos que o sentido dos médicos é do cumprimento absoluto daquilo que está definido, e nós estamos tranquilos sobre isso», observou.

A preocupação - sublinhou - «é se isso pode afetar, de facto, os cuidados necessários à população». «Queremos crer que aquilo que é essencial está protegido, as urgências, as zonas de cuidados intensivos, etc.», acrescentou.

No discurso da tomada de posse do novo conselho de administração do IPO, que reconduz na presidência Manuel António Silva, o secretário de Estado frisou ser objetivo «fazer mais e melhor com menos», e que esse será também o entendimento dos médicos, que quarta-feira iniciam uma greve de dois dias.

«O Serviço Nacional de Saúde tem que dar resposta às necessidades dos seus utentes com menos financiamento. Quero crer que os médicos também estarão em concordância com este objetivo, porque não pode deixar de ser assim», sustentou.

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Manuel Teixeira elogiou os resultados conseguidos pelo IPO de Coimbra, ao ponto de dizer que, «se todas as instituições fossem assim, não haveria dores de cabeça no ministério».

O governante disse que em 2012 o IPO teve «um crescimento nítido da atividade assistencial com um decréscimo dos custos de cinco por cento», embora tenha apontado para a necessidade de melhorar na taxa das primeiras consultas e de reinternamento.

«É uma responsabilidade enorme com menos recursos», declarou, por seu turno, Manuel António Silva, no ato de posse como presidente, frisando que é com os recursos que o IPO dispõe que tem de responder com eficácia às necessidades dos utentes.

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