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O fim do papel para resultados de análises e exames

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Serviço Nacional de Saúde vai apostar na via electrónica

Notícia actualizada às 16h43

Os resultados de análises, radiografias e outros exames pedidos pelos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão passar, no próximo ano, a ser enviados para os clínicos e utentes também por via electrónica. Esta manhã, a agência Lusa tinha avançado, após contacto com fonte oficial, que os resultados dos exames passariam apenas a ser facultados aos utentes do SNS de forma digital.

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Ainda sem data para vigorar, a alteração será a segunda fase do processo de requisição daqueles meios de diagnóstico apenas por via electrónica, que começa na quinta-feira, disse à agência Lusa o vice-presidente da Administração Central dos Sistemas de Saúde, Fernando Mota.

A alteração vai acabar com a necessidade de os utentes se deslocarem para irem «levantar» o resultado dos exames, podendo a eles aceder através de computador, tal como sucede com os médicos, que deixam de ter que transcrever as conclusões dos exames para o processo do doente, já que poderão anexá-lo informaticamente, especificou aquele responsável.

Ao contrário do que sucedeu com a prescrição electrónica de medicamentos, agora com os exames a situação deverá decorrer com menos sobressaltos, já que o universo de médicos envolvidos é constituído apenas pelos clínicos que trabalham no SNS, considerou Fernando Mota.

Além das vantagens para utentes e médicos, as inovações permitem um maior controlo sobre a prescrição de exames e funcionarão com dissuasor para eventuais fraudes, acrescentou.

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O bastonário da Ordem dos Médicos disse estar «menos preocupado» com eventuais problemas com o alargamento da prescrição electrónica aos exames do que quando se tratou dos medicamentos, já que agora só estão envolvidos os médicos do SNS.

«Trata-se de uma imposição do Estado a si próprio», considerou José Manuel Silva em declarações à agência Lusa.

Salientou, no entanto, que o processo não irá funcionar a 100 por cento no início, tal como sucedeu com os medicamentos, mas disse esperar que o Ministério da Saúde salvaguarde forma de ultrapassar as situações em que o recurso aos meios informáticos não seja possível.

Fernando Mota disse que eventuais falhas no sistema informático serão ultrapassadas com o preenchimento manual das requisições para os exames em modelo oficial e específico para o efeito.

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