É o primeiro medicamento «made in» Portugal e destina-se a doentes que sofrem de epilepsia. O primeiro medicamento de patente portuguesa chega esta quinta-feira às farmácias, com um atraso de um ano face à aprovação da Comissão Europeia e depois de já estar a ser comercializado na Alemanha, Reino Unido e alguns países do norte da Europa.
Mesmo assim, tal não tira o «significado especial», diz Luís Portela, presidente do grupo Bial. Em declarações à agência Lusa, o responsável do grupo farmacêutico considere este como «um momento histórico para a Bial e também para a indústria farmacêutica nacional». Afinal, são 14 anos de investigação e 300 milhões de euros de investimentos.
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A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns, afectando aproximadamente uma em cada 100 pessoas. Em Portugal estima-se que quatro em cada sete pessoas em cada mil sofrem da doença.
A empresa explica que os estudos clínicos comprovaram uma redução significativa da frequência de crises parciais em doentes com epilepsia refractária, em combinação com outros agentes antiepilépticos, e um potencial para melhorar a qualidade de vida e os sintomas depressivos dos doentes.
O medicamento é comparticipado a 95 por cento pelo Estado e será gratuito para doentes com menores rendimentos.
Até 2011, este fármaco deverá chegar aos restantes mercados europeus, Estados Unidos e Canadá, sempre com a etiqueta «made in» Portugal.
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