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Situação no Centro Hospitalar do Algarve é «grave», alerta PS

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Ministério da Saúde deve resolver situação «da forma que entender»

O porta-voz do PS na área da saúde, Álvaro Beleza, classificou este sábado como «grave» a situação que se vive no Centro Hospitalar do Algarve (CHA), sublinhando que cabe ao Ministério da Saúde resolver o problema.

«É impossível dirigir uma instituição de saúde quando os profissionais estão contra e não respeitam a liderança», afirmou à Lusa, à margem do encerramento do 31.º encontro nacional de Medicina Geral e Familiar, sublinhando que se trata de um assunto «grave», que cabe ao ministério resolver, «da forma que entender».

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Em janeiro, 80% dos médicos especialistas dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos subscreveram uma carta a denunciar a degradação dos serviços de saúde no Centro Hospitalar do Algarve e na sexta-feira a Ordem dos Médicos anunciou que vai pedir uma inspeção à gestão do centro.

«A direção do centro hospitalar [do Algarve] não tem, de facto, o respeito e o consentimento dos profissionais de saúde», observou, acrescentando que «as coisas no Algarve não estão a correr bem, estão a correr mal».

Álvaro Beleza aproveitou ainda para criticar a postura de alguns administradores hospitalares, que agem como se fossem «donos» do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pediu para que os hospitais públicos não sejam geridos como se de unidades privadas se tratassem.

«Nós temos de facto, infelizmente, alguns administradores de hospitais, centros de saúde e Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) que se acham donos do sistema», lamentou, observando que o SNS «é para servir os portugueses» quando estão doentes e que não devem haver «quintas» nem «hospitais autónomos».

Durante o debate em que participou no encerramento do congresso, no qual estiveram também representadas outras forças políticas, o médico alertou ainda para a necessidade de os médicos de família se aproximarem dos seus doentes, dando-lhes, por exemplo, o seu número de telemóvel.

O debate «Inovação em Saúde com qualidade em proximidade» contou com as participações dos médicos Álvaro Beleza (PS), Ricardo Baptista Leite (PSD), Isabel Neto (CDS) e João Semedo (BE).

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