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Motoristas dizem que não há alternativa a A25

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Associação teme que aumentem os acidentes mortais

A Associação dos Motoristas Internacionais e Nacionais de Pesados contestou hoje a aplicação de portagens na autoestrada A25 (Vilar Formoso/Aveiro) por considerar que não existem alternativas e temer que voltem a aumentar acidentes mortais, noticia a Lusa.

«Vai começar a haver outra vez mortes» [nas estradas nacionais alternativas à auto-estrada], vaticinou hoje Orlando Cruz, presidente daquela associação que possui cerca de 7500 associados.

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Segundo o dirigente, que ao fim da tarde esteve no parque TIR de Vilar Formoso, onde prestou declarações aos jornalistas, com a introdução de portagens haverá «mais acidentes» na estrada nacional 16 (EN 16) e será comprometida a segurança das próprias populações.

«Eu tenho uma casa na EN 16 e quando começar o trânsito a passar ali, não vou poder pôr a cabeça fora da janela, porque passa um camião rente às janelas», declarou.

Orlando Cruz disse que as vias alternativas vão aumentar os tempos de viagem, referindo que a deslocação de um camião entre Porto e Vilar Formoso, pela EN 16, demorará «sensivelmente 9,5 horas», quando pela actual A25 o percurso é feito em três horas.

«Há sítios [da EN 16] em que não se cruzam dois camiões», disse o responsável, que lamenta a decisão do Governo.

Admitiu que a medida poderá comprometer o futuro de muitas empresas e «colocar em perigo mais de 20 mil postos de trabalho» a nível nacional.

O responsável esclareceu que a Associação dos Motoristas Internacionais e Nacionais de Pesados está a sensibilizar camionistas, empresários do sector dos transportes e habitantes da região, para participarem num protesto agendado para quinta-feira, a partir das 12:00, no parque TIR de Vilar Formoso.

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Apelou também aos motoristas de pesados para pararem no primeiro dia da cobrança de portagens, bem como aos trabalhadores do comércio, que também vão ser afectados.

Explicou que a acção servirá para alertar o Governo para a situação que vai ser criada com a introdução de portagens nas últimas SCUT.

O responsável deu também conta da indignação por o Governo decidir portajar a A25, uma via que «foi feita com apoio comunitário e já está paga».

Defendeu ainda que os aparelhos de cobrança electrónica de portagem sejam cedidos gratuitamente aos condutores «porque as pessoas já estão sobrecarregadas com impostos, perderam os subsídios de férias e o 13.º mês».

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