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Pagaria portagem para circular na sua cidade?

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Movimentos de cidadãos aumentam a contestação contra a instalação de portagens nas Scut

Pois bem, esta é a questão que milhares de pessoas poderão fazer a partir do momento em que forem instaladas portagens na A28, sempre que um habitante da freguesia de Leça da Palmeira quiser ir até ao centro de Matosinhos, sem passar pela ponte móvel. Dentro da mesma cidade existirão portagens, algo a que não poderão fugir, por exemplo, os veículos pesados, que não têm alternativa.

Este é apenas um caso entre tantos e o alerta é lançado por um grupo de utentes desta via (tal como da A41), denominado Movimento Sociedade Aberta, que procura suscitar a discussão sobre a matéria. Durante um debate realizado na Maia, vários intervenientes manifestaram a sua preocupação pela instalação de portagens nas Scut do Litoral Norte.

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«Vão ser instaladas portagens na IC24 (A41), à entrada e saída do Aeroporto, o que não acontece em mais nenhum sítio do mundo», denunciou o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, aproveitando para alertar para o «factor da crise social, que poderá afectar muito a região mais empobrecida de Portugal continental». «Por uma questão de justiça, não vamos desistir de lutar. Não nos vamos render», assegurou.

O autarca associou-se rapidamente a este movimento de cidadãos, mas não desistiu de lutar pelas vias oficiais. «Já convidei o sr. ministro Mário Lino a vir à Maia, mas sem batedores e em horas de ponta, para perceber as dificuldades existentes. Podia aproveitar para falar com os autarcas antes de implementar medidas deste género. Comigo nunca falou e também não me deu resposta», referiu Bragança Fernandes, presidente de câmara afecto ao PSD.

Ainda que seja apoiante confesso do PS, Narciso Miranda também está contra as portagens na A28 e A41. «Sou contra, porque neste caso não existem alternativas. O IC1 é uma boa estrada regional e é preciso perceber que, por exemplo Matosinhos é uma cidade cortada ao meio pelo Porto de Leixões e pelo rio Leça. Não existem soluções, por isso penso que com mais movimentos cívicos como este não haverá portagens nas SCUT», referiu, considerando que se a medida for mesmo aplicada «a região Norte vai perder competitividade».

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Fraude e promessas vãs

O debate sobre as portagens nas Scut do Grande Porto seguiu apenas um sentido, necessariamente contra a sua aplicação. Sem espaço para o contraditório, uma outra voz que surgiu foi a de José Paulo Carvalho, deputado pelo CDS-PP e vereador em Esposende.

Embora seja «favorável ao princípio de utilizador-pagador», faz duras críticas à pretensão do Governo em instalar portagens na A41 e A28: «Aquilo que está a acontecer é uma fraude, para além de prejudicar uma área debilitada. Em vez de criar barreiras, devia haver uma preocupação em encontrar novas oportunidades para o desenvolvimento. Esta ideia só pode dar mau resultado, pois trata-se de uma fraude política, pela mentira eleitoral do PS; é uma mentira técnica, porque não existem alternativas; e é uma mentira sociológica, porque assenta em estatísticas mal sustentadas».

As mais de 60 mil assinaturas reunidas pelas comissões de utentes vão ser entregues esta semana ao primeiro-ministro. Está também marcada para dia 24 de Maio uma marcha até à Baixa do Porto. Automóveis, camiões e motards vão concentrar-se às 14h30 , em Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Aveiro, Gaia, Maia e em diversas localidades do Vale do Sousa, partindo meia hora depois em direcção ao Porto.

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