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Porto: mais podem ter visto crime

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Irmão de segurança morto e outras testemunhas já foram ouvidas pela PJ. Propriedade em frente tem câmaras de videovigilância. Advogado João Nabais escreve carta ao Governo e às polícias a exigir «medidas concretas». Viúva culpa gang da Ribeira

O irmão do segurança morto a noite passada em Vila Nova de Gaia foi ouvido esta segunda-feira pela Polícia Judiciária, mas encontrava-se ainda «em estado de choque», nada tendo adiantado de relevo, referiu ao PortugalDiário fonte ligada ao processo.

Além do irmão de Alberto Ferreira, outras pessoas foram inquiridas pelos investigadores.

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Entre a vizinhança não existe consenso sobre o número de testemunhas oculares: uns referem que o crime só foi presenciado pelo irmão da vítima, enquanto outros asseguram que os disparos terão sido presenciados por mais pessoas.

Os mais de dez disparos terão sido realizados por homens encapuzados que se faziam transportar num BMW, muito embora alguns deles estivessem posicionados ao lado da porta de entrada do prédio, junto a uma empresa de reciclagem de tinteiros.

No momento dos disparos, uma carrinha branca encontrava-se com a traseira virada para a portão de entrada no prédio. Estava a ser utilizada pela vítima nas mudanças para a nova casa que a família iria ocupar, noutra zona de Gaia.

Câmaras de videovigilância do outro lado da rua

Do outro lado da rua fica a «Quinta do Cisne», uma propriedade murada, pertencente à empresa Soares da Costa, equipada com câmaras de videovigilância conforme o PortugalDiário confirmou no local.

Refira-se, no entanto, que as câmaras estão direccionadas para o portão da propriedade e não estão, de resto, autorizadas a captar sons ou imagens da via pública, desconhecendo-se mesmo se estariam a funcionar.

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O PortugalDiário contactou a assessoria de imprensa da empresa Soares da Costa que nada soube adiantar sobre o assunto.

Autópsia realiza-se na terça-feira

O corpo de Alberto Ferreira, de 36 anos, deu entrada esta tarde no Instituto de Medicina Legal do Porto, mas fonte deste instituto adiantou que a autópsia deverá ser realizada esta terça-feira, após o despacho do Ministério Público a determiná-lo.

João Nabais escreve ao Governo a exigir «medidas concretas»

Entretanto, o advogado João Nabais, que representa a família de Ilídio Correia, morto a tiro a 29 de Novembro, no Porto, enviou esta segunda-feira uma carta aos ministros da Justiça e da Administração Interna, bem como ao director nacional da PJ e ao coordenador da PJ do Porto a exigir «medidas concretas» para garantir a segurança e responsabilizar os culpados pelas mortes no Porto.

A notícia foi avançada pela Lusa e confirmada ao PortugalDiário pela advogada Sónia Carneiro, do escritório de João Nabais.

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De acordo com a jurista, o conteúdo das missivas será conhecido em primeira-mão pelos seus destinatários. No entanto, admitiu que o objectivo é criticar a «inoperância» da justiça perante o crime ocorrido há 12 dias.

«Há cinco pessoas que o viram matar o meu irmão, que nem da família são, e que foram testemunhar à polícia. Agora, venho a saber que o assassino está a 500 metros da minha casa e ninguém faz nada?», referiu indignado Benjamim Correia, irmão do segurança de Miragaia, ao PortugalDiário, na semana passada, após a entrevista à «TVI» de «Bruno Pidá», apontado por várias testemunhas como autor do crime. O visado negou o envolvimento na morte de Ilídio Correia.

«Afastem-se todos porque são tiros»

Um vizinha do prédio onde residia a família de «Berto» relatou que os disparos começaram por volta das 23:30 e que ainda pensou espreitar pela janela, quando o marido gritou à família: «Afastem-se todos porque são tiros».

Quando assomaram à janela depararam-se com um corpo cravejado de balas mergulhado numa «enorme poça de sangue». «Berto» morreu na ambulância a caminho do Hospital de São João, no Porto.

Recorde-se que «Berto» estava com Aurélio Palha, quando o empresário da noite foi assassinado no passado mês de Agosto.

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