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PJ ouve a «próxima vítima»

Serial killer: Arguido falou muito de uma rapariga de 20 anos durante interrogatório. PJ acredita que esta vizinha do ex-cabo da GNR já tinha o destino traçado. Buscas prosseguem na terça-feira sem mergulhadores

A Polícia Judiciária de Coimbra vai ouvir nos próximos dias uma jovem de Santa Comba Dão que, tudo indica, poderia ser a próxima vítima do antigo cabo da GNR, indiciado pela morte de três jovens, entre os 16 e os 18 anos.

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, o nome desta jovem terá sido referido «com muita insistência» pelo antigo cabo da GNR, durante o primeiro interrogatório na Polícia Judiciária, na quinta-feira à noite.

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António Costa, o cabo da GNR na reserva, terá referido que a jovem era «muito bonita» e, foi a insistência nas alusões à rapariga de 20 anos, que levou os investigadores a acreditar que o seu destino já estaria traçado. Isto, apesar de o arguido nunca ter referido qualquer intenção de matar mais uma jovem.

Além de ter confessado os três crimes o arguido já fez a sua reconstituição.

Uma fonte ligada ao processo referiu que os investigadores não atribuíram relevância às alegadas investidas do arguido junto da ex-namorada do filho, esclarecendo que se trata de uma «pseudo-vítima» que nem sequer se «encaixa» no perfil alvo do arguido.

Corpo encontrado no sábado já foi autopsiado

O corpo encontrado este sábado na Barragem da Aguieira, no Rio Mondego, foi autopsiado esta manhã no Instituto de Medicina Legal de Coimbra e, de acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário já há «elementos sugestivos» de que poderá tratar-se da jovem Joana, a última menor alegadamente morta por um antigo cabo da GNR na reserva. Isto, apesar de os técnicos não terem conseguido recolher as impressões digitais do corpo. Os elementos genéticos recolhidos serão agora submetidos a exames complementares. O resultado deverá ser conhecido nos próximos dias.

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Um interrogatório à medida de um psicopata

O interrogatório ao antigo cabo da GNR na reserva foi pensado à medida de um psicopata. «Um psicopata está desejoso de consideração social, por isso, mesmo a estratégia passou por lhe dar toda a importância», refere uma fonte ligada à investigação. António Costa foi ouvido pelo subdirector da Directoria de Coimbra da PJ num diálogo que se prolongou por algumas horas.

A confissão não surgiu de imediato, mas no final o antigo cabo admitiu os crimes, revelou o modus operandi e até forneceu indicações sobre o local onde escondeu os corpos.

Buscas prosseguem sem mergulhadores

Durante todo o dia decorreram as buscas na barragem da Raiva, em Penacova, para encontrar outros corpos. As operações começaram por volta das 9 horas e estenderam-se até às 18.45, mas foram infrutíferas.

A tarefa dos mergulhadores foi dificultada pelas águas turvas e os 14 quilómetros de escarpas altas, que constituem as margens, também não ajudaram os bombeiros que ficaram em terra.

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Os trabalhos recomeçam terça-feira, por volta das 9 horas, mas já sem mergulhadores, «a não ser que seja encontrada alguma pista», disse ao PortugalDiário o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Penacova, António Simões. As buscas decorreram no local indicado pelo arguido como sendo o sítio em que atirou os corpos à água.

Logo no primeiro dia foi encontrado um corpo, junto à barragem de Agueiera. Uma parte de um outro corpo foi encontrado há algumas semanas nas águas da barragem do Coiço, em Penacova, e outro tinha sido encontrado em Maio de 2005 na Figueira da Foz.

Apenas um cadáver foi identificado, até ao momento, e pertencia a uma das vítimas do ex-cabo da GNR, que confessou ter morto três jovens. Mesmo assim, as buscas continuaram para salvaguardar a possibilidade de algum dos corpos não pertencer às vítimas deste caso e também a hipótese de ter havido mais mortes.

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