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Disfunção eréctil: mais mulheres ajudam parceiros

Há 500 mil portugueses afectados por este problema

São as mulheres que, cada vez mais, tendem a «perder vergonhas» e a enfrentar as disfunções sexuais que afectam 500 mil homens portugueses, levando-os a consultas médicas e seguindo-os nos tratamentos, noticia a Lusa.

O facto é constatado pela Sociedade Portuguesa de Andrologia (SPA), que hoje e sábado - Dia Europeu da Disfunção Eréctil - está em Lisboa com uma Unidade Móvel de apoio a rastrear factores de risco e a aconselhar os homens e casais que por lá passam.

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No local, Parque Eduardo VII, junto à Praça Marquês de Pombal, uma equipa de enfermeiros avalia dados como a pressão arterial e glicémica, sendo depois as pessoas encaminhadas para outra sala, onde falam com um psicólogo.

«O nosso objectivo é fazer uma triagem em termos de doenças que possam estar na origem de disfunções erécteis, como são os casos da diabetes e da hipertensão, por exemplo», disse à Agência Lusa Pepe Cardoso, médico andrologista da SPA.

Apesar de haver ainda «muita vergonha em dar a cara», como explica, «hoje em dia a situação mudou muito, porque as mulheres começam já a ser mais participativas e puxam o seu parceiro para estas consultas».

«Há sempre uma solução»

Em termos de tratamentos aconselhados para os homens que sofrem desta patologia, há vários, mas o mais rápido e mais utilizado na primeira consulta é a terapêutica oral, com comprimidos.

«No caso de não haver resposta a este tipo de tratamento, aconselhamos também dispositivos de vácuo para erecção ou auto-injecções no próprio pénis», diz Pepe Cardoso.

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«Em casos extremos, também há a hipótese de se colocar uma prótese. Há sempre uma solução», conclui.

Ao nível do apoio psicológico, Sofia Oliveira, psicóloga, tenta perceber quais são os principais problemas que as pessoas sentem ao nível da sexualidade e faz uma triagem da pessoa ou do casal que aparece no gabinete móvel.

«Depois, caso seja necessário, encaminhamo-los para o médico de família ou para as instituições necessárias ligadas às problemáticas da área da sexualidade», explica.

Relativamente às mulheres que mais frequentemente aparecem com o seu parceiro, Sofia Oliveira pensa ser essa a atitude mais correcta a ter, porque «o casal acaba por estar mais descontraído, já que ambos se ajudam».

Em Portugal, cerca de 500 mil portugueses são afectados por este problema, mas apenas 10 a 20 por cento estão diagnosticados e cerca de 10 por cento estão em tratamento, segundo a SPA.

Assim sendo, os restantes 450 mil vivem no anonimato, sem qualquer acompanhamento médico.

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