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Comissão de utentes contra portagens no IP8

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«Será mais um atentado contra as populações», acusam

A comissão de utentes do IP-8 criticou esta segunda-feira a possibilidade de cobrança de portagens na auto-estrada que vai ligar Sines a Beja, uma medida governamental que considera «mais um atentado contra as populações» da região, escreve a Lusa.

A introdução de portagens nessa via, a concretizar-se, segundo a comissão de utentes, será «mais um atentado contra as populações de uma região que precisa de incentivos para o desenvolvimento e não de mais impostos, encapotados ou não».

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As críticas da comissão de utentes surgem depois de o primeiro-ministro, José Sócrates, e de o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, terem lançado domingo, em Beja, o concurso público para a concessão Baixo Alentejo.

A concessão inclui a construção e exploração do Itinerário Principal (IP-8) entre Sines e Beja, numa extensão de 95 quilómetros e com perfil de auto-estrada.

Durante a sua intervenção na cerimónia, o primeiro-ministro não fez qualquer referência ao pagamento de portagens no IP-8.

No entanto, o ministro Mário Lino, questionado pelos jornalistas, anunciou que o IP-8 «vai ter portagens, com excepção do nó do Roncão, entre Sines e Santiago do Cacém, porque não há alternativa».

A isenção do pagamento de portagens nesse troço vem ao encontro da reivindicação do autarca de Sines (PCP), mas, no que toca aos outros concelhos por onde a estrada vai passar, os autarcas, apesar de saudarem o arranque do projecto, já lamentaram que os automobilistas tenham que pagar para circular no IP-8.

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A comissão de utentes interpelou domingo o primeiro-ministro e entregou-lhe uma carta, em que exige «a construção do IP8, entre Sines e Vila Verde de Ficalho, com perfil de auto-estrada e sem portagens».

A comissão, que integra os 13 autarcas das juntas de freguesia de Beja e Serpa e cerca de 150 empresas e entidades dos dois concelhos, sublinha também hoje ser «incompreensível» que a estrada não seja toda feita com perfil de auto-estrada, entre o litoral e a fronteira com Espanha.

«É até ridículo que um Governo, que ainda por cima se arvora em defensor do interior do país, pretenda ligar uma capital de distrito, Beja, por auto-estrada até ao litoral e por uma estrada de meados do século passado até à fronteira, a apenas 60 quilómetros», pode ler-se no comunicado.

Para a estrutura, essa construção pela «metade» do IP-8 é um «erro colossal» e que «prejudica toda uma região», condenando a «um ainda maior abandono toda a margem esquerda do Guadiana».

Na cerimónia de domingo, José Sócrates disse que o IP-8, entre Beja e Vila Verde de Ficalho «não será em perfil de auto-estrada» porque «os estudos nacionais» indicam que a actual ligação, «pela procura e pelo tráfego que tem, é bastante».

Assim, lembrou José Sócrates, o Governo já lançou o concurso para a elaboração do projecto de execução do troço da via até Vila Verde de Ficalho, que vai ser apenas requalificado e terá características de IP, mas não de auto-estrada.

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