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Homossexuais católicos falam em «revolução» na Igreja

Ainda assim, Associação Novos Rumos lembra que Sínodo dos bispos remete para «o mesmo conteúdo» da doutrina católica

A associação portuguesa de homossexuais católicos defendeu, esta terça-feira, que o documento preliminar do sínodo dos bispos representa uma «revolução na forma» de abordar os casais do mesmo sexo, mas adverte que remete para «o mesmo conteúdo» da doutrina católica.

«Efetivamente há uma revolução quanto à abordagem e quanto à forma», disse à agência Lusa José Leote, coordenador da Associação Rumos Novos - Homossexuais Católicos.

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José Leote manifestou, contudo, dúvidas que, «quanto ao conteúdo», possa haver muitas novidades no documento final, sustentando esta afirmação numa «leitura atenta» de todo o documento.

«Este relatório diz efetivamente que os homossexuais têm dons e qualidades para oferecer à comunidade cristã, é verdade, mas depois é taxativo em afirmar 'sem comprometer a doutrina católica'», assinalou José Leote.

«O próprio catecismo já abandonou uma linguagem de reprovação que existia antigamente e diz que as pessoas homossexuais devem ser acolhidas com respeito, com compaixão e com delicadeza e que se evitará contra elas qualquer discriminação injusta. Lendo o catecismo e o relatório, em conteúdo não há uma grande divergência, em relação à forma há», sublinhou.

E, para José Leote, muitas vezes basta haver uma novidade na forma para «alguma parte da hierarquia [da Igreja] se deter com mais alguma atenção sobre o conteúdo». Por isso, mostrou-se «esperançado» de que possa haver no futuro maior acolhimento dos homossexuais nas paróquias e comunidades cristãs.

Para o coordenador da Rumos Novos, apesar de o catecismo e outros documentos da Igreja já preverem alguma abertura em relação aos homossexuais, «uma parte da hierarquia persistia em não querer ler o catecismo com a latitude que ele permite».

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