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Secretaria-Geral do MAI terá faltado à verdade sobre estação móvel na oficina

Secretário-geral adjunto do Ministério da Administração Interna, Francisco Gomes, afirmou que a Secretaria não tinha sido informada que uma das estações móveis do SIRESP se encontrava na oficina, mas a TVI sabe que foi a própria a autorizar a entrada da viatura na oficina

O secretário-geral-adjunto do Ministério da Administração Interna terá faltado à verdade no relatório sobre o incêndio de Pedrógão Grande, apurou a TVI.

Francisco Gomes afirma que a Secretaria-Geral não estava informada de que uma das estações móveis do SIRESP, Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança em Portugal, que está no centro da polémica após a tragédia de Pedrógão Grande, se encontrava na oficina.

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Mas a TVI sabe que foi a própria Secretaria-Geral do MAI a autorizar a entrada da viatura na oficina. E este terá sido o motivo que levou a ministra Constança Urbano de Sousa a pedir uma auditoria da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).

Chama-se EM02 e é uma viatura com equipamento de comunicação móvel SIRESP chamada ao teatro de operações em casos críticos, como foi o incêndio de Pedrógão Grande.

Na noite da tragédia a carrinha estava na oficina para reparação e inspeção, mas, no relatório da Secretaria-Geral sobre o incêndio, Francisco Gomes afirma que a SG não estava informada de que a estação móvel confiada à PSP se encontrava na oficina para revisão, agendada para dia 19, segunda-feira.

A TVI sabe que a 31 de maio, em email oficial, a Secretaria-Geral confirma e agradece à PSP o envio da viatura para revisão e inspeção. A entrega da carrinha foi feita a 7 de junho nas oficinas UNIVEX, que, cinco dias depois, a 12 de junho, enviaram orçamento da reparação para a Secretaria- Geral, datas e factos que a própria oficina confirmou à TVI.

"Por haver incongruências naquilo que a Secretaria-Geral disse e é público, mandei instaurar uma auditoria por parte da IGAI por uma razão muito simples. A Secretaria-Geral do MAI não podia ignorar que uma antena tinha de ser reparada [...] e mandar a outra para revisão", justificou Constança Urbano de Sousa.

No relatório da Secretaria-Geral é ainda referida a necessidade de garantir a prontidão das estações móveis em qualquer altura, mas fonte da PSP garante à TVI que os agentes da polícia estiveram quase três horas à porta da oficina à espera da viatura. A estação móvel foi entregue à PSP às 02:50, quando o pior já teria acontecido em Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas.

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