Uma zona marítima localizada a oeste da ilha do Faial, nos Açores, registou cerca de duas dezenas de sismos de baixa magnitude em pouco mais de duas semanas, o que se revela num aumento de actividade sísmica desvalorizado pelos especialistas, noticia a agência «Lusa».
Estes sismos, de origem tectónica, foram registados quase todos a oeste do Faial, a algumas dezenas de quilómetros do Vulcão dos Capelinhos, onde ocorreu há 53 anos a última erupção vulcânica registada no arquipélago.
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O vulcanólogo Vítor Hugo Forjaz, do Observatório Vulcanológico dos Açores, considerou tratar-se de uma «crise cíclica», que normalmente é registada pelos sismógrafos naquela zona do arquipélago.
Acrescenta ainda que a maioria dos sismos cujo epicentro ocorreu naquela zona não foi sentida pela população, apresentando magnitudes que variam entre 2.0 e 3.6 na escala de Richter.
Verificou-se também um aumento, nas últimas duas semanas, desta actividade sísmica na zona junto ao banco submarino D. João de Castro, situado entre as ilhas Terceira e S. Miguel, e numa área localizada nas imediações dos Ilhéus das Formigas, entre S. Miguel e Santa Maria.
No entanto, o especialista diz que não há motivos para alarme, afirmando apenas que « Eu sou mais pela informação do que pela omissão».
O sismo com maior intensidade verificado nas últimas semanas nos Açores ocorreu a 8 de Abril, próximo da freguesia da Ribeirinha, no Faial, e atingiu grau IV na Escala de Mercalli.
Na passada quarta-feira à noite, a ilha do Faial voltou a tremer com um sismo de grau III na Escala de Mercalli, sentido na zona da Praia do Norte.
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