A decisão sobre se o líder nacionalista Mário Machado vai a julgamento, no âmbito do processo de ameaças à procuradora do Ministério Publico Cândida Vilar, foi marcada para o dia 24, refere a Lusa.
A informação foi prestada pelo advogado de Mário Machado no final do debate instrutório, que decorreu no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa sem a presença do arguido.
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Mário Machado está acusado de coacção agravada, difamação agravada e de incitação à prática de um crime. Na totalidade dos crimes, a moldura penal vai de um a cinco anos de cadeia.
As ameaças à procuradora do Ministério Público (MP) foram feitas por Mário Machado numa carta aberta, que esteve no site da Internet do Fórum Nacional (conotado com a extrema-direita) em 2007, pelo facto de Cândida Vilar ter proposto a prisão preventiva do arguido.
Na carta, Mário Machado apelava a todos os nacionalistas que não se esqueçam do nome de Cândida Vilar, procuradora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP).
Neste processo é também arguido Bruno Monteiro, acusado dos mesmos crimes por alegadamente ter colocado «o texto no referido site».
A procuradora, que também não assistiu ao debate instrutório, foi responsável, em Setembro de 2007, pela acusação de 36 skinheads, após uma mega-operação da Polícia Judiciária (PJ) que culminou na apreensão de dezenas de armas.
No início de Outubro, no âmbito deste processo relacionado com discriminação racial e outros ilícitos criminais, Mário Machado foi condenado a quatro anos e 10 meses de prisão efectiva, tendo recorrido da decisão.
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