A PJ negou, esta quinta-feira, qualquer relação entre a detenção do líder nacionalista Mário Machado e a publicação de documentos na Internet relativos aos negócios da família do primeiro-ministro, diz a Lusa.
«São factos completamente distintos», disse, em conferência de imprensa, o director a Unidade Nacional contra o Terrorismo da Polícia Judiciária, Luís Neves.
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O advogado de Mário Machado tinha classificado de «caso estranho» o «timing e a coincidência da detenção» do seu cliente, que ocorreu após a publicação no sítio do Fórum Nacional de documentos bancários relacionados com familiares de José Sócrates.
Mário Machado suspeito de tentativa de homicídio
O responsável policial disse ainda que a detenção de Mário Machado não tem qualquer relação com as actividades de grupos de extrema-direita.
«Não há qualquer relação», disse Luís Neves, acrescentando que a alegada associação criminosa que levou à detenção de Mário Machado é «muito recente».
Um dos seus elementos terá aderido já depois da sua constituição, apontou, referindo que a primeira situação que chamou a atenção da polícia e espoletou a investigação foi uma tentativa de homicídio no Algarve, que ocorreu em Dezembro de 2008.
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Mário Machado ouvido no Tribunal
Luís Neves frisou que pelo menos duas situações imputadas a esta alegada associação criminosa - suspeita de raptos, roubos e usurpação de funções, fazendo-se passar por «elementos de uma força policial» - se caracterizaram por «muita violência». Além do Algarve, o grupo terá actuado «na zona ribatejana e na zona a Norte de Lisboa», disse.
Os veículos e outras provas apreendidas na operação policial estão ligadas «de forma clara e inequívoca? às situações imputadas ao grupo, acrescentou o responsável policial.
Mário Machado e os outros detidos estão a ser ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, sem que se conheçam ainda eventuais medidas de coacção.
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