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Dinheiro gasto com tarefeiros dava para contratar 3.000 médicos

Ordem dos Médicos estima que Governo terá despendido 120 milhões de euros com empresas de serviços clínicos

O Governo teria conseguido contratar mais de 3.000 médicos para o Serviço Nacional de Saúde com os 120 milhões de euros que terá despendido no ano passado com empresas de serviços médicos, estima a Ordem dos Médicos.

As contas da Ordem dos Médicos (OM) foram divulgadas pelo bastonário numa sessão promovida, terça-feira, no Parlamento, pelo Bloco de Esquerda sobre o novo regime jurídico da formação médica.

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Segundo as contas da OM, o Ministério da Saúde teria conseguido contratar 3.048 médicos a trabalhar 40 horas semanais com o dinheiro que em 2017 se estima que gastou em empresas prestadoras de serviços médicos.

O bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, calcula que faltem 5.500 médicos especialistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), lembrando que muito do trabalho tem sido atualmente feito à custa dos médicos internos, ainda em formação, que têm servido para “tapar muitos buracos”.

Para chegar aos 5.500 médicos, a OM somou o número de clínicos que daria para contratar com o que terá sido pago a empresas médicas mais o volume de pagamentos em horas extraordinárias aos profissionais. A Ordem calcula que 21,4% dos pagamentos aos médicos são horas suplementares ou extra.

Sobre a insuficiência de especialistas, a OM indica que há 18 mil médicos especialistas no SNS e mais de 10 mil internos, o que dá uma relação de 1,7 especialistas para cada interno.

Para o bastonário, a escassez de especialistas dificulta a capacidade de formar mais jovens médicos em Portugal, até porque a esmagadora maioria de internos são formados no SNS.

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