Os administrativos e auxiliares dos hospitais estão a funcionar em serviços mínimos nos hospitais portugueses devido à greve que cumprem esta sexta-feira, para exigir a reposição das 35 horas semanais.
Luís Pesca, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), disse à Lusa que, apesar de a greve se cumprir na sexta-feira, esta quinta-feira já se sentiram os efeitos da greve, «sobretudo ao nível dos auxiliares de saúde», que começavam os turnos às 20:00, 21:00 e 23:00, embora seja neste último que se sente o maior impacto».
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«Os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sentem-se exaustos com a completa desregulação de horários de trabalho, além de que exigem a contratação de mais pessoal», disse o dirigente sindical, sublinhando «a forte adesão à greve».
Na sexta-feira, a greve terá mais impacto junto dos utentes, sobretudo nos serviços regulares não urgentes, adiantou Luís Pesca.
O dirigente sindical afirmou à Lusa que a «enorme falta de pessoal» nos serviços de saúde faz com que funcionários auxiliares, técnicos e administrativos trabalhem diariamente 10, 12 ou 16 horas.
Luís Pesca referiu que os trabalhadores fazem horários superiores a 40 horas semanais sem que haja pagamento de horas extraordinárias e que as horas de trabalho a mais são transformadas «ilegalmente» numa bolsa de horas que dificilmente são depois utilizadas pelos profissionais.
«Temos casos de pessoas que têm 50 a 60 dias para gozar de compensação. Este trabalho não pago, é desumano e há trabalhadores exaustos», referiu.
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